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Estudo exploratório dos indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil e da avaliação psicanalítica aos 3 anos para avaliar a qualidade de vida e condição sintomática aos seis anos

Texto completo
Autor(es):
Angela Flexa Di Paolo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Psicologia (IP/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Rogerio Lerner; Ana Maria de Ulhoa Escobar; Maria Cristina Machado Kupfer
Orientador: Rogerio Lerner
Resumo

A pedido do Ministério da Saúde foi desenvolvido e validado um protocolo de Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil (IRDIs) com poder de detecção de riscos para problemas de desenvolvimento em bebês de 0 a 18 meses. Tal pesquisa configurou-se como um Projeto Temático da FAPESP no período 2004-2008. Com a finalidade de realizar o desfecho clínico, um novo instrumento de avaliação foi criado, a Avaliação Psicanalítica aos 3 anos (AP3). A fim de dar continuidade à pesquisa, o presente trabalho teve como objetivo fazer um estudo exploratório que sirva de base para futuro estudo de associação entre resultados obtidos em IRDI e AP3 com os obtidos para qualidade de vida e condição sintomática em idades posteriores. Buscou-se verificar em que medida resultados referentes a condições psíquicas e de desenvolvimento obtidos com a aplicação do IRDI e da AP3 associam-se com resultados referentes à qualidade de vida e à condição sintomática da criança aos seis anos, obtidos com Autoquestionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé AUQUEI, Child Health Questionnaire CHQ e Child Behavioral Checklist CBCL; para responder a tal pergunta de pesquisa, utilizou-se um método estatístico. Além disso, buscou-se verificar em que medida aspectos singulares de quatro casos avaliados apresentaram manifestações de tendência; para responder a tal pergunta de pesquisa, utilizou-se um método de discussão de caso. A amostra foi composta por 46 crianças distribuídas em três centros de saúde de São Paulo. Os resultados indicaram que tanto o IRDI como a AP3 não se associaram à avaliação de qualidade de vida obtida com o uso do AUQUEI, sendo consistentes com outros estudos realizados com tal instrumento. No entanto, a associação estatisticamente significativa encontrada entre resultados obtidos no IRDI e no CHQ mostrou maior capacidade do IRDI para predizer qualidade de vida relacionada ao índice psicossocial do que ao índice físico do mesmo instrumento. A associação entre AP3 e CHQ apontou resultados significativos para os índices físico e psicossocial. Em relação à associação realizada entre IRDI e CBCL, os resultados apontaram que não há evidências de que seja significativa. Quanto à relação entre AP3 e CBCL, foi observado que há uma associação considerável entre ambos, embora não estatisticamente significativa. Os resultados apontaram para associações consideráveis entre variáveis que justificam futuros estudos com maiores unidades amostrais. Foi possível questionar o uso da noção de qualidade de vida, bem como a metodologia utilizada para investigá-la. Para efeitos de conclusão, tem-se uma pesquisa que, a partir da psicanálise, buscou um diálogo com outras áreas do saber em especial, a medicina e a saúde pública a fim de apontar indícios de quando há tendências de problemas no desenvolvimento psíquico infantil com impacto para a qualidade de vida (AU)

Processo FAPESP: 08/51574-9 - Avaliação psicanalítica de crianças previamente avaliadas com indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil (IRDI) em São Paulo
Beneficiário:Angela Flexa Di Paolo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado