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Caracterização fenotípica e filogenética de isolados nosocomiais e linhagens clínicas Stenotrophomonas maltophilia

Texto completo
Autor(es):
Vinícius Godoy Cerezer
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Carlos Alberto Moreira Filho; Artur Figueiredo Delgado; Ana Clara Guerrini Schenberg
Orientador: Carlos Alberto Moreira Filho
Resumo

O gênero Stenotrophomonas inclui doze espécies de bactérias Gram- negativas, não fermentadoras, que podem ser encontradas no ambiente. Até o presente, S. maltophilia é a única espécie com linhagens que são patógenos oportunistas em seres humanos. Essa espécie tem ganhado importância clínica por estar envolvida em um crescente número de infecções em pacientes imunodeprimidos e em UTI neonatais, apresentando altas taxas de morbimortalidade. Isolados ambientais e clínicos de S. maltophilia compartilham 85% de homologia genômica, podendo ser a diferença uma consequência da adaptação da bactéria aos diferentes nichos ecológicos em que é encontrada. Embora infecções e/ou colonizações por S. maltophilia aconteçam principalmente em ambiente nosocomial, diversos estudos têm mostrado um aumento do número de infecções de origem comunitária. Neste estudo, isolados nosocomiais e linhagens clínicas de S. maltophilia foram fenotipados e comparados quanto ao seu perfil filogenético por Multilocus Sequence Typing (MLST). Na análise por MLST utilizaram-se os genes atpD, gapA, guaA, nuoD, ppsA, recA e rpoA, por serem genes constitutivos. O perfil filogenético mostrou alta variabilidade clonal, provavelmente refletindo o processo de adaptação de S. maltophilia ambientais a outros habitats. Verificou-se que dois subgrupos de isolados clínicos de S. maltophilia com grande homogeneidade filogenética apresentam recombinação intergrupos, indicando alta permissividade à transferência horizontal de informação genética, envolvida na resistência a antibióticos e na expressão de fatores de virulência. Mais ainda, para a maioria das amostras clínicas aqui estudadas, inferências filogenéticas podem ser feitas apenas com o uso do gene ppsA. Portanto, o sequenciamento de apenas um fragmento específico para esse gene seria suficiente, em muitos casos, para determinar se a infecção por S. maltophilia foi causada por cepa já presente no ambiente nosocomial ou por bactérias de origem comunitária introduzidas nesse ambiente pela circulação de pessoas e materiais. Finalmente, foi possível mostrar que até mesmo isolados e linhagens clínicas filogeneticamente próximos não compartilham similaridade de perfil metabólico, o que indica sua origem comunitária (AU)

Processo FAPESP: 10/04115-9 - Caracterização Fenotípica e Filogenética de Isolados Clínicos de Stenotrophomonas
Beneficiário:Vinícius Godoy Cerezer
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado