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Liminaridade, bebidas alcóolicas e outras drogas: funções e significados entre moradores de rua

Texto completo
Autor(es):
Walter Varanda
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Saúde Pública (FSP/CIR)
Data de defesa:
Membros da banca:
Rubens de Camargo Ferreira Adorno; Camila Giorgetti; Delma Pessanha Neves; Chiara Gemma Pussetti; Maria Antonieta da Costa Vieira
Orientador: Rubens de Camargo Ferreira Adorno
Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Saúde Coletiva
Indexada em: Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS; Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - USP
Localização: Universidade de São Paulo. Biblioteca/Centro de Referência e Informação da Faculdade de Saúde Pública
Resumo

O uso de bebidas alcoólicas e outras drogas atinge a maioria dos moradores de rua na cidade de São Paulo e assume funções e significados inerentes à situação de rua, entendida como situação de liminaridade social. A etnografia revelou trajetórias individuais, dinâmicas de grupos de moradores de rua e sua interação com as redes públicas de assistência, caracterizando o álcool e drogas nos circuitos da rua enquanto recursos de sobrevivência e operadores de processos reativos diante da situação de apartação social. Utilizamos análise documental, observação participante, e entrevistas com moradores de rua, coordenadores de instituições sociais e informantes de outros contextos sociais. O uso de álcool e drogas reforça estigmas de culpabilidade e penalização das pessoas pela situação em que se encontram, reproduzidos nas relações com as instituições públicas de apoio, referências midiáticas e nas justificativas das lacunas das políticas públicas. Este uso, abusivo ou não, atua de forma preponderante na mediação das relações sociais e de sobrevivência na rua e, além disso, permite o alívio do sofrimento físico e psíquico, além da navegabilidade nas memórias emocionais através de processos regressivos e experiências de si em estados alterados de consciência. Entender este uso sob a perspectiva da liminaridade permite o deslocamento analítico do agente patogênico e da vulnerabilidade individual para o drama social que o sujeito vivencia. Tendo em vista os dramas vividos, o uso de drogas é construído sob o sistema de crenças e representações do sujeito, passível de ressignificações nos processos de autoconhecimento, desenvolvimento da autonomia e do autocontrole (AU)

Processo FAPESP: 06/56610-8 - Liminaridade social, bebidas alcoólicas e outras drogas: funções e significados entre moradores de rua da cidade de São Paulo
Beneficiário:Walter Varanda
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado