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Papel da quimiocina MIP-1 na imunomodulação da severidade da doença periodontal experimental

Texto completo
Autor(es):
Carlos Eduardo Palanch Repeke
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Gustavo Pompermaier Garlet; Ana Paula Campanelli; Paula Cristina Trevilatto
Orientador: Gustavo Pompermaier Garlet
Resumo

O desenvolvimento da doença periodontal (DP) é influenciado pela resposta imunológica do hospedeiro frente ao desafio bacteriano. Apesar da função protetora de tal resposta frente à infecção, a mesma leva à destruição dos tecidos periodontais. Neste estudo, analisamos o papel de MIP-1 na imunomodulação da DP experimental em camundongos. Camundongos C57Bl/6 (WT) infectados com A. actinomycetemcomitans desenvolveram uma intensa reação inflamatória e severa reabsorção óssea alveolar, associada a uma alta expressão de MIP-1 e uma intensa migração de células CCR5+ e CCR1+ para os tecidos periodontais. Além disso, verificamos que uma intensa expressão de citocinas inflamatórias (TNF-) e do tipo Th1 (IFN-), RANKL e MMPs estava associada à progressão da doença. Entretanto, camundongos geneticamente modificados para não expressar MIP-1 (MIP-1KO), quando infectados com A. actinomycetemcomitans, apresentaram um padrão de resposta muito semelhante aos animais WT. De fato, a ausência de MIP-1 não interferiu na migração de células inflamatórias para os tecidos periodontais e na reabsorção óssea alveolar nos camundongos infectados. Semelhantemente, a expressão de citocinas (TNF-, IFN- e IL-10), dos fatores osteoclastogênicos (RANKL e OPG) e das MMPs e seus inibidores (MMP-1, MMP-2, MMP-3, TIMP-1 e TIMP-3) foram similares entre os camundogos das linhagens WT e MIP-1KO. Além disso, a ausência de MIP-1 não interferiu no controle da infecção por A. actinomycetemcomitans como demonstrado pela similaridade na quantidade de carga bacteriana presente nos tecidos e nos níveis de MPO e iNOS. Os resultados obtidos podem ser explicados pela relativa redundância no sistema quimiocinas/receptores de quimiocinas, onde mais de uma quimiocina pode ligar-se ao mesmo receptor. De fato quimiocinas como MIP-1 e RANTES, que utilizam os mesmos receptores de MIP-1 (CCR5 e CCR1), apresentaram-se intensamente expressas nos tecidos periodontais dos camundongos infectados com A. actinomycetemcomitans, independentemente da ausência de MIP-1. De fato, camundongos tratados com Met-RANTES, um antagonista específico dos CCR5 e CCR1, resultou em uma redução significativa no influxo de células inflamatórias e perda óssea alveolar quando comparados com os camundongos não tratados. Nossos resultados demonstraram que a ausência de MIP-1 não afeta o desenvolvimento da doença periodontal experimental em camundongos, provavelmente pela presença de quimiocinas homólogas que suprem sua ausência. (AU)

Processo FAPESP: 07/01705-7 - Papel da quimiocina MIP-1alpha na imunomodulação da severidade da doença periodontal experimental
Beneficiário:Carlos Eduardo Palanch Repeke
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado