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Efeito do íon ferro na prevenção da erosão dentária: estudos in vitro e in situ

Texto completo
Autor(es):
Flávia de Moraes Italiani
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Marilia Afonso Rabelo Buzalaf; Alberto Carlos Botazzo Delbem; Ana Carolina Magalhães; Juliano Pelim Pessan; Kikue Takebayashi Sassaki
Orientador: Marilia Afonso Rabelo Buzalaf
Resumo

Este projeto teve como objetivos investigar o efeito do íon ferro (Fe+2), associado ou não ao íon flúor (F-), na redução da erosão do esmalte e da dentina bovinos, bem como desenvolver e avaliar um dentifrício enriquecido com Fe+2 para a prevenção da erosão associada à abrasão. Foram realizados 4 subprojetos: (1) Determinação do efeito protetor de concentrações crescentes do Fe+2 (0 a 120 mmol/L) associadas ou não ao F- (0 a 4 g/mL), contra a dissolução do pó de esmalte bovino in vitro; (2) Avaliação, in vitro, do efeito protetor do Fe+2 a 10 mmol/L contra a dissolução mineral da superfície do esmalte bovino; (3) Desenvolvimento e avaliação, in vitro, de dentifrícios fluoretados enriquecidos com diferentes concentrações de Fe+2, visando à prevenção da perda mineral do esmalte bovino; (4) Avaliação, in situ, do efeito inibidor do dentifrício acrescido de Fe+2 e F- na desmineralização do esmalte e dentina bovinos sadios ou previamente erodidos. As variáveis de resposta utilizadas foram a quantificação da perda de fósforo (colorimetria) e o desgaste (perfilometria, m) para os subprojetos 1 e 2, e 3 e 4, respectivamente. Os dados foram submetidos à análise estatística (p<0,05). Para o Subprojeto (1), a ANOVA a 2 critérios e o teste de Bonferroni revelaram que soluções contendo Fe+2 a 1,25, 2,5, 5,0, 10, 15 e 30 mmol/L reduziram significativamente a dissolução do pó de esmalte bovino em 18, 18, 23, 35, 35 e 55%, respectivamente, em comparação ao controle (sem Fe+2). Na presença de F-, o efeito do Fe+2 na inibição da dissolução do esmalte foi reduzido, não havendo efeito sinérgico entre estes íons nas condições testadas. No Subprojeto (2), a ANOVA a 2 critérios e o teste de Bonferroni, mostraram uma redução significativa na desmineralização da superfície do esmalte bovino em torno de 30 a 40%, quando se utilizou solução de Fe+2 a 10 mmol/L. No Subprojeto (3), a ANOVA revelou diferença significativa entre os grupos (Placebo, 1100 g/mL de F-, Crest®, Fe+2 1,0 mg/g, Fe+2 2,5 mg/g, Fe+2 5,0 mg/g, F- (1100 g/mL) + Fe+2 1,0 mg/g, F- (1100 g/mL) + Fe+2 2,5 mg/g e F- (1100 g/mL) + Fe+2 5,0 mg/g) (F=4,734, p<0,0001). O menor desgaste (0,48±0,24 m) foi apresentado pelo grupo em que foi utilizado o dentifrício contendo 1100 g/mL F- e 5 mg/g Fe+2. No Subprojeto (4), para o esmalte hígido a ANOVA a 2 critérios revelou uma diferença significativa entre os dentifrícios, (F=21,72, p<0,0001), mas não entre as condições (só erosão, erosão + slurry, erosão + abrasão) (F=1,20, p=0,32) e nem para a interação entre ambos (F = 1,04, p=0,41). O teste de Bonferroni revelou que os blocos que receberam o dentifrício contendo Fe+2 e F- apresentaram valores de desgaste significativamente menores quando comparados aos blocos submetidos aos demais dentifrícios, os quais não diferiram significativamente entre si. Para a dentina hígida, o esmalte previamente erodido e a dentina previamente erodida, o mesmo padrão foi seguido, apesar destes dois últimos terem apresentado valores de desgaste maiores que aqueles observados para os blocos hígidos. (AU)

Processo FAPESP: 06/04605-0 - Utilização do ferro para prevenção da perda mineral da estrutura dentária: estudos "in vitro", "in situ" e clínico
Beneficiário:Flávia de Moraes Italiani
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto