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Escuro: uma dramaturgia cúmplice

Texto completo
Autor(es):
Leonardo Faria Moreira
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Comunicações e Artes (ECA/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Elisabeth Silva Lopes; Christiane Maria de Faria Riera; Maria Thais Lima Santos
Orientador: Elisabeth Silva Lopes
Resumo

Este estudo pretende usar conceitos relacionados a mídias de comunicação interativa e coletiva como ferramentas de análise e de proposição em um processo de criação dramatúrgica: um diagrama de peças potenciais que resultou no espetáculo Escuro. Em outras palavras, acompanhase o processo de criação do espetáculo, analisandoo através do transporte metafórico de conceitos propostos por Janet H. Murray ao descrever narrativas em ambiente virtual (imersão, agência e autoria procedimental) e comparandoo a outros dramaturgos contemporâneos que serviram de modelo à criação. A primeira parte deste texto trata do ambiente digital a partir principalmente das teorias de Janet H. Murray. A idéia é apontar terminologias particulares e descrever as principais características do ambiente digital, conceitos esses que serão utilizados como instrumentos de análise e metáforas para se falar de criação dramatúrgica. Na segunda parte, concretizase o transporte metafórico entre teatro e meio digital através de breves análises de fragmentos de dramaturgias contemporâneas que serviram de modelo à criação de Escuro, particularmente as excursões à linguagem cotidiana e as paisagens do francês Michel Vinaver; o texto híbrido, que transita entre a realidade e o lirismo, do argentino Federico Léon; e um registro cênico do Theatre de Complicitè. Chegamos a um terceiro momento e centro do trabalho quando, ao invés de usar conceitos do ambiente digital como ferramentas de leitura e análise, passase a utilizálos como ferramentas de proposição, ou seja, de escrita. Unindo a teoria apresentada à experimentação prática, descrevese o processo criativo do espetáculo Escuro. A pesquisa abrange não só a análise do texto teatral, mas também a análise de sua construção. Não se trata, é claro, da documentação de um espetáculo em fase de preparação, mas de uma reflexão teórica sobre um processo de criação. Por fim, é apresentado o mapa dramatúrgico criado em processo com a colaboração de dez atores e um possível agenciamento, isto é, uma possível organização do hipertexto dramático. (AU)

Processo FAPESP: 08/03325-0 - A Escrita Cúmplice: a criação do hipertexto dramático através da corporeidade do ator-dramaturgo
Beneficiário:Leonardo Faria Moreira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado