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Paleoecologia e tafonomia da floresta petrificada do Tocantins setentrional (Bacia do Parnaíba, Permiano)

Texto completo
Autor(es):
Robson Louiz Capretz
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Rio Claro. 2014-06-11.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Rio Claro
Data de defesa:
Orientador: Rosemarie Rohn Davies
Resumo

No presente estudo é descrita uma floresta do Eopermiano do Norte do Gondwana, dominada por pteridófitas arborescentes, gimnospermas, licófitas e esfenófitas. Esta rica assembléia fossilífera localiza-se no Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), na Bacia do Parnaíba, Norte do Brasil. Dois aspectos se destacam: a abundância dos fitofósseis e seu excepcional nível de preservação. Os vegetais fósseis guardam semelhanças com aqueles do mesmo período em Chemnitz (Alemanha), na Província Euroamericana, e com a Flora Gondvânica, na Bacia do Paraná (Brasil), entre outros. A análise dos padrões de orientação de 178 caules, junto com observações geológicas, sugere paleocorrentes no sentido Oeste-Leste predominantemente, originadas durante tempestades de monções, com área-fonte muito distante a Oeste, talvez em um contexto de leque aluvial distal. A vegetação das margens dos principais canais fluviais e suas planícies de inundação era dominada por pteridófitas arborescentes no estrato superior da floresta (dossel), com licófitas, esfenófitas e outras pteridófitas menores ocupando o estrato inferior (sub-bosque). Gimnospermas ocupavam regiões mais distantes das margens dos canais. A comparação entre pteridófitas arborescentes permianas (do MNAFTO) com pteridófitas arborescentes atuais (em remanescentes de Floresta Ombrófila Densa Submontana) permitiu discutir nichos ecológicos ocupados por estas plantas, a estrutura da floresta em ambos os casos, e a inferência da altura verdadeira dos fitofósseis, em uma aplicação inédita de técnicas alométricas a estudos paleontológicos (AU)