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Prevalência e importância clínica dos anticorpos anti-P ribossomal e da proteína S100 beta no lúpus eritematoso sistêmico juvenil

Texto completo
Autor(es):
Henrique Aldar
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Simone Appenzeller; Jozélio Freire de Carvalho; Ibsen Bellini Coimbra
Orientador: Simone Appenzeller
Resumo

O Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ) é uma doença inflamatória crônica, de etiologia desconhecida e natureza autoimune com início até os 16 anos de idade. O comprometimento do sistema nervoso central (SNC) é difícil de ser avaliado no LESJ. Os anticorpos anti-P ribossomal são autoanticorpos dirigidos contra epítopos de fosfoproteínas do complexo ribonucleoproteico ribossomal e com maior prevalência em pacientes com até 18 anos de idade. A proteína S100? tem baixo peso molecular, sendo composta de 91 aminoácidos e localizada principalmente nas células da neuroglia, células de Schwann e na maioria dos nervos sensoriais do tronco cerebral. Os objetivos deste trabalho foram determinar a associação entre anticorpos anti-P ribossomal e a proteína S100? com manifestações clínicas e laboratoriais no LESJ; avaliar a prevalência dos anticorpos anti-P ribossomal em pacientes com LESJ, familiares de primeiro grau e indivíduos controles saudáveis; e avaliar os níveis de proteína S100? em pacientes com LESJ e indivíduos controles saudáveis. Foram selecionados pacientes consecutivos com LESJ acompanhados na Reumatologia Pediátrica da Universidade Estadual de Campinas entre 2009/2010. Familiares aparentados em primeiro grau com os pacientes também foram incluídos. Os indivíduos do grupo controle foram pareados por idade, sexo e antecedentes demográficos. Manifestações clínicas, laboratoriais, atividade da doença [SLE Disease Activity Index (SLEDAI)], dano cumulativo [Lupus International Collaborating Clinics / American College of Rheumatology Damage Index (SDI)] e medicação em uso foram avaliados. Incluímos 50 pacientes com LESJ (média de idade de 16,82 ± 3,46 anos), 35 familiares (média de idade de 38,73 ± 3,89 anos), e 20 controles saudáveis (média de idade de 18,3 ± 4,97 anos). Observamos os anticorpos anti-P ribossomal em 13 (26%) dos pacientes com LESJ, e em nenhum familiar (p<0,01) ou controle (p<0,01). A presença dos anticorpos anti-P ribossomal esteve associada à presença de ansiedade no LESJ (p<0,002). Pacientes com distúrbio cognitivo (mediana=38,08) apresentaram níveis de S100? significativamente maiores quando comparados aos pacientes sem distúrbio cognitivo (mediana=16,12; p=0,01) e indivíduos controles (mediana=23,62; p<0,05). Nenhuma outra manifestação clínica, laboratorial, e de tratamento esteve associada com o anticorpo anti-P ribossomal ou com a proteína S100? no LESJ. A partir destes dados concluímos que os anticorpos anti-P ribossomal são frequentemente observados em pacientes com LESJ e estiveram associados com a presença de ansiedade neste grupo de pacientes; e que a presença de distúrbio cognitivo esteve associada com níveis elevados de S100?, indicando a presença de lesão neuronal nestes pacientes (AU)

Processo FAPESP: 09/13046-3 - Análise da prevalência dos anticorpos anti-P, anti-NR2 e do marcador neuronal S100 beta no Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil.
Beneficiário:Henrique Aldar
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado