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Percepções de professores/as sobre gênero, sexualidade e homofobia: pensando a formação continuada a partir de relatos da prática docente

Texto completo
Autor(es):
Liane Kelen Rizzato
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Educação (FE/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Claudia Pereira Vianna; Belmira Amelia de Barros Oliveira Bueno; Célia Regina Rossi
Orientador: Claudia Pereira Vianna
Resumo

O objetivo desta dissertação é compreender as percepções de professores/as sobre gênero, sexualidade e homofobia, bem como o modo como eles/as lidam com tais temáticas na prática docente. Trata-se de uma investigação de natureza qualitativa que teve como sujeitos de pesquisa professores/as da rede estadual de ensino de São Paulo que participaram de um curso intitulado Convivendo com a Diversidade Sexual na Escola, oferecido em 2007 por meio da parceria entre duas ONGs e financiado pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), em conformidade com a política de formação continuada em gênero e sexualidade. Os instrumentos teórico-metodológicos utilizados na pesquisa empírica consistiram em análise documental, aplicação de questionários e realização de entrevistas em profundidade. No exame do material obtido, foram fundamentais as reflexões teóricas sobre formação docente, relações de gênero, sexualidade, homofobia e, em especial, sobre o conceito de experiência social. Por meio da perspectiva pós-estruturalista, o estudo da homofobia intrinsecamente relacionada ao gênero e à sexualidade estruturou a discussão sobre os processos distintivos que organizam uma espécie de vigilância de gênero e agem como forças normativas na constituição das identidades docentes. As contradições e dissonâncias apresentadas nos discursos dos/as professores/as entrevistados/as evidenciaram que a construção da experiência social em homofobia por eles/as vivenciada tem a mesma dinâmica de produção-reprodução-resistência apresentada pela escola no que tange às relações gênero e sexualidade. No contexto analisado, a combinação de várias lógicas de ação e de vivências múltiplas das relações sociais levou os/as professores/as à manutenção do preconceito por identidade de gênero e por orientação sexual. Por outro lado, a empatia do/a professor/a com um/a aluno/a que se autorreconhece com orientação não heterossexual e, especialmente, a inclusão dessa vivência empática em suas reflexões sobre diversidade sexual mostraram-se fatores-chave para a superação de preconceitos e estereótipos relativos ao tema, com transgressões significativas dos padrões heteronormativos para pensar a sexualidade. (AU)

Processo FAPESP: 09/11392-1 - Relações de gênero, sexualidade e homofobia: um estudo sobre as políticas de formação docente continuada no Governo Lula
Beneficiário:Liane Kelen Rizzato
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado