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Efeito da estimulação contralateral nas medidas de reflectância acústica

Texto completo
Autor(es):
Tathiany Silva Pichelli
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina (FM/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Renata Mota Mamede de Carvallo; Marisa Frasson de Azevedo; Alessandra Giannella Samelli
Orientador: Renata Mota Mamede de Carvallo
Resumo

Introdução: A Reflectância acústica é um procedimento introduzido mais recentemente na clínica audiológica, cuja abrangência diagnóstica pode ainda ser explorada. Suas medidas têm sido citadas como uma importante ferramenta na avaliação das afecções da orelha média, sendo um método considerado vantajoso em relação à timpanometria. Tem havido crescente interesse no estudo da estimulação acústica contralateral e seu efeito na ativação da via eferente auditiva. Estudos têm demonstrado que a introdução de estímulo simultâneo na orelha contralateral gera mudanças no padrão de respostas auditivas, tanto em medidas de emissões otoacústicas como em imitância acústica. Desta forma, surgiu o interesse em investigar a ocorrência de mudanças no padrão de resposta da curva de reflectância, quando pesquisada com a aplicação de ruído de banda larga na orelha contralateral. Objetivo: Verificar a influência da estimulação contralateral nas medidas de reflectância acústica da orelha média em adultos jovens. Metodologia: A casuística foi composta por 30 participantes de ambos os gêneros, na faixa etária de 18 a 30 anos. Procedimentos: Inspeção do meato acústico externo; Imitanciometria; Audiometria tonal limiar; Pesquisa do limiar de ruído branco; Pesquisa da Reflectância Acústica em dois passos: (a) foi obtida a curva de reflectância no intervalo de frequência de 200 a 6000 Hz na intensidade de 60dB SPL utilizando-se os estímulos chirp e de tons puros, e (b) o procedimento foi repetido com os mesmos parâmetros e estímulos, com a presença de ruído contralateral simultâneo por meio de fones de inserção a 30 dBNS em relação ao limiar de ruído branco. Resultados: Os resultados apontaram que não existem diferenças quando comparados gêneros. Quando a análise foi realizada separadamente por orelha houve diferenças entre estímulos chirp e de tons puros nas frequências de 1,5 e 2 kHz em orelha direita. Entre as condições de teste e reteste as diferenças estatísticas foram nas frequências de 0,25 e 0,5 kHz em orelha direita para estímulo de tons puros. A análise entre as condições de teste, reteste e teste com ruído contralateral apresentou diferença estatística na frequência de 2 kHz (pvalor 0,011 em teste e 0,002 em reteste) para estímulo chirp em orelha direita. A comparação entre orelhas esquerda e direita identificou diferenças estatísticas nas frequências de 3 e 4 kHz para os dois tipos de estímulos utilizados. Conclusão: Este estudo permite concluir que a ativação da via auditiva eferente por meio da estimulação acústica contralateral com ruído branco produz mudanças nos padrões de respostas da reflectância acústica, aumentando suas respostas e modificando a transferência de energia sonora da orelha média (AU)

Processo FAPESP: 10/03186-0 - Efeito da estimulação contralateral nas medidas de reflectância acústica
Beneficiário:Tathiany Silva Pichelli
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado