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Vigilância epidemiológica dos vírus da influenza aviária em aves migratórias na região costeira da Amazônia

Texto completo
Autor(es):
Renata Ferreira Hurtado
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
José Antonio Jerez; Edison Luiz Durigon; José Henrique de Hildebrand e Grisi Filho; Marta Brito Guimarães; Cristiane Kiyomi Miyaji Kolesnikovas
Orientador: José Antonio Jerez
Resumo

Os vírus da influenza aviária, ou vírus da influenza A, podem acometer inúmeras espécies de aves e mamíferos, e são conhecidos pelos relevantes impactos gerados na economia e Saúde Pública. As aves pertencentes às ordens Anseriformes (patos, marrecos e cisnes) e Charadriiformes (maçaricos, gaivotas e trinta-réis) são consideradas reservatórios, sendo que o comportamento migratório de muitas destas espécies pode favorecer a disseminação viral entre países. Existem poucos estudos sobre a circulação dos vírus da influenza aviária na América do Sul, dificultando a compreensão da ecologia e epidemiologia destes patógenos no Brasil. Este trabalho tem como objetivo monitorar as aves migratórias, em áreas de descanso e invernada na região Amazônica brasileira, por meio da detecção e caracterização dos vírus da influenza A. Através de seis expedições científicas ao norte do estado do Pará entre 2008 e 2010 foram colhidos swabs orotraqueais e cloacais de 1093 aves silvestres, principalmente Anseriformes e Charadriiformes. Pela técnica de Real time RT-PCR, nove aves foram positivas: 2 Actitis macularius, 4 Arenaria interpres, 1 Calidris pusilla, 1 Charadrius semipalmatus e 1 Dendrocygna viduata. Destas, o isolamento viral foi realizado com sucesso a partir das amostras de três Arenaria interpres, corroborando estudos que demonstram uma elevada prevalência do vírus da influenza A nesta espécie. As reações de inibição da hemaglutinação e de inibição da neuraminidase revelaram tratar-se do subtipo viral H11N9, considerado de baixa patogenicidade e relativamente comum nestas aves. O sequenciamento genético indicou estreita relação filogenética entre as estirpes virais deste estudo e aquelas isoladas na América do Norte, evidenciando um vínculo epidemiológico entre estas populações. Assim, é essencial a contínua vigilância epidemiológica dos vírus da influenza aviária em aves silvestres nesta região, visando a obtenção de informações sobre a prevalência do vírus, subtipos circulantes e suas características patogênicas, para subsidiar medidas apropriadas de prevenção e controle caso ocorram surtos no país. (AU)

Processo FAPESP: 09/10695-0 - Vigilância epidemiológica dos vírus da Influenza A em aves migratórias na região costeira da Amazônia
Beneficiário:Renata Ferreira Hurtado
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto