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O impacto da exigência de margem sobre os preços dos ativos

Texto completo
Autor(es):
Luiz Fernando Castelli
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Bruno Cara Giovannetti; Rodrigo de Losso da Silveira Bueno; Guilherme Batistella Martins
Orientador: Bruno Cara Giovannetti
Resumo

O trabalho busca responder: i) se a exigência de margem é capaz de afetar os preços dos ativos em períodos de iliquidez; ii) como as margens são fixadas. A primeira pergunta está relacionada ao modelo Margem CAPM de Gârleanu & Pedersen (2011), que indicam a existência da relação entre a exigência de margem associada a problemas de funding do mercado com os preços dos ativos. A segunda pergunta está relacionada ao trabalho de Brunnermeier & Pedersen (2009) que descrevem o fenômeno Espiral de Liquidez relacionado ao comportamento pró-cíclico das margens, que seriam função da volatilidade dos preços dos ativos. Utilizaram-se dados do mercado acionário brasileiro e exigências de margem divulgadas pela BM&F Bovespa para o período de jan/2008 até dez/2012 para responder tais perguntas. A evidência empírica encontrada no trabalho aponta que a exigência de margem afeta os preços dos ativos em momentos ilíquidos, como descrito pelo modelo Margem CAPM. Porém, tal fenômeno é restrito apenas a ações de empresas pequenas. De acordo com o exercício realizado, o portfólio Long Short de empresas pequenas, onde a estratégia é long em ativos de empresas com alta exigência de margem e short em ativos de baixa exigência de margem, apresentou um retorno médio ajustado ao risco de 1.33% ao mês. Enquanto para empresas médias e grandes o retorno ajustado ao risco da estratégia Long Short é estatisticamente igual a zero. Além disso, encontrou-se em um exercício em painel que o aumento de 1 p.p. da exigência de margem gera uma queda aproximada de 0.13 p.p. sobre o excesso de retorno dos ativos de empresas pequenas quando o mercado está ilíquido. Por outro lado, o efeito é positivo da ordem de 0.10 p.p. quando o mercado está líquido. Novamente, os efeitos são nulos para empresas médias e grandes. Quanto à fixação das margens, o trabalho apresenta evidência que estas são explicadas pelo comportamento da volatilidade e da assimetria da distribuição dos retornos dos ativos. Em um exercício em painel, observou-se que: o aumento de 1 p.p. na volatilidade dos ativos gera um aumento aproximado de 0.017 p.p. na variação da exigência de margem; e uma queda de 0.1 unidade no coeficiente de assimetria dos retornos dos ativos causa um aumento de 0.015 p.p. na variação das margens. Destaca-se que tais resultados são inéditos na literatura de precificação de ativos. (AU)

Processo FAPESP: 12/18181-9 - Impacto da Exigência de Margem sobre o Apreçamento de Ativos
Beneficiário:Luiz Fernando Castelli
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado