Carlos Roberto Prudencio

Graduou-se em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia (2002), obtendo posteriormente mestrado (2004) e doutorado em Genética pela mesma instituição (2008). Realizou pós-doutorado em Biotecnologia no Instituto de Investigación en Recursos Cinegéticos (IREC) da Universidad de Castilla-la Mancha, na Espanha (2009), e no Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (2012). Concluiu MBA em Gestão da Inovação em Saúde pelo Instituto Butantan (2016). Atualmente, é Pesquisador Científico VI no Centro de Imunologia do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo, onde coordena o Laboratório de Imunotecnologia. É Pesquisador Principal da FAPESP no Centro de Ciência Translacional e Desenvolvimento de Biofármacos (CTS) e também vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) intitulado Desenvolvimento e Produção de Biossimilares, recentemente aprovado pelo CNPq e MCTI, com sede no Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (CEVAP) da UNESP. Atua como orientador nos Programas de Pós-Graduação: Interunidades em Biotecnologia (USP, IPT e IB), Programa de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica (FMB/CEVAP/Unesp) e Mestrado Profissional em Inovação em Diagnóstico e Desenvolvimento de Fármacos e Medicamentos pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Possui ampla experiência na coordenação e desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação, com apoio das principais agências de fomento nacionais, como FAPESP, CNPq, CAPES e FINEP. Minha linha de pesquisa foca na caracterização detalhada das interações moleculares entre antígenos e anticorpos. O objetivo é investigar como os anticorpos reconhecem e se ligam a antígenos específicos, utilizando abordagens como técnicas biofísicas, bioquímicas e estruturais, incluindo ensaios de afinidade, epítopo mapping e bioinformática estrutural. Para isso, utilizamos em toda a sua complexidade principalmente a técnica de phage display de bibliotecas de peptídeos e peptidomas sintéticos para a análise de perfis quantitativos e abrangentes em sorologia (FAPESP: 23/13212-8), além da construção e uso de bibliotecas de anticorpos monoclonais recombinantes, tanto de humanos (FAPESP 22/05566-1) quanto de lhamas (FAPESP: 21/11936-3) e outros animais, quando desejável. Esses métodos são empregados para a prospecção de anticorpos monoclonais recombinantes de interesse diagnóstico e imunoterapêutico. A pesquisa explora a afinidade, especificidade e neutralização de anticorpos, além da identificação de epítopos imunogênicos relevantes para o desenvolvimento de vacinas e terapias baseadas em anticorpos. Esta linha de investigação é fundamental para o avanço da imunoterapia, diagnóstico molecular e ciência translacional no desenvolvimento de biofármacos. Atualmente, estamos explorando essas abordagens no contexto de doenças infecciosas, como arboviroses (Zika e Dengue), SARS-CoV-2 e influenza aviária, além de bactérias como Rickettsia rickettsii e o desenvolvimento de vacinas para o controle do carrapato bovino, entre outros problemas de interesse biotecnológico. Como exemplo temos uma nova linha de pesquisa colaborativa que objetiva utilizar vacas a produzir anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2 no colostro, visando desenvolver imunoterapias passivas acessíveis para prevenir e tratar infecções virais. Ainda, outra pesquisa explora estratégias DIVA em vacinas contra influenza para diferenciar imunização de infecções naturais, permitindo um controle mais eficiente e seguro no monitoramento imunológico e no desenvolvimento de vacinas. Bolsista de Produtividade em Pesquisa pelo CNPq. (Fonte: Currículo Lattes)