Estudo epidemiológico de Rickettsia felis, espécie patogênica do grupo da febre maculosa, em áreas endêmicas e não endêmicas do estado de São Paulo

Resumo

A Febre Maculosa Brasileira (FMB), causada por riquétsias do Grupo da Febre Maculosa (GFM) e transmitida ao homem por carrapatos do gênero Amblyomma, é conhecida no Brasil desde a década de 30. Riukettsia rickettsii tem sido incriminada como responsável pelos quadros da doença no país. Estudos recentes demonstraram a existência de uma outra espécie, Rickettsia felis, em sangue de pacientes com quadro clínico compatível com FM e em pulgas infectadas. Esta riquétsia foi detectada em pulgas colhidas de áreas endêmicas para FMB do estado de São Paulo. Este projeto visa: a) determinar a prevalência de R. felis em vetores (pulgas e carrapatos) e em potenciais reservatórios (cão, gato, gambá) procedentes de áreas endêmicas e não endêmicas para FM do Estado de São Paulo, através de métodos moleculares (Reação em Cadeia pela Polimerase e Sequenciamento de DNA); b) detectar indiretamente a infecção por riquétsias frente a diferentes antígenos, em humanos e potenciais hospedeiros, através da reação de imunofluorescência; c) isolar R. felis a partir de pulgas através do cultivo celular, visando obtenção de antígenos nacionais para futuros testes imunológicos. Espera-se que os dados obtidos forneçam informações sobre o grau de participação de diferentes ectoparasitas e mamíferos no ciclo da R. felis e sobre as relações entre os ciclos epidemiológicos deste e de outros agentes causadores da FMB. (AU)