Modelo de terapia gênica associada à terapia celular no estudo da progressão e extensão do infarto do miocárdio

Resumo

O implante de diferentes tipos celulares, como mioblastos, fibroblastos e mais recentemente células tronco da medula óssea representa uma alternativa de repovoamento da área perdida durante o infarto do miocárdio e estímulo à angiogênese. Embora existam na literatura e na tese de doutorado recém-concluída evidências de resultados benéficos da terapia celular isolada ou modificada geneticamente ex vivo, várias questões devem ser abordadas: se as células implantadas formarão miofibrilas híbridas com tecido receptor, se a melhora de função cardíaca é atribuída a expressão de fatores de crescimento, se há vantagem em associar fatores (VEGF + IFG-1), qual é o benefício tardio manifestado pela diminuição da taxa de mortalidade, se células satélites implantadas conjuntamente com outras modificadas geneticamente se diferenciarão de forma contexto-específica, provavelmente em resposta aos fatores de crescimento e ao "micro ambiente" do tecido cardíaco. Nesta proposta exploraremos algumas destas perguntas utilizando a injeção intra-miocárdica de células satélites adultas modificadas ou não com fatores angiogênico (VEGF) e/ou de crescimento (IGF-1). Os efeitos da terapia celular modificada ou não serão testados em um modelo "preventivo" onde a injeção precede a injúria e num modelo "curativo" onde a injeção é realizada pós-injúria miocárdica. (AU)