Tempo de persistência das mutações de resistência adquiridas por transmissão

Resumo

Resistência primária aos anti-retrovirais (transmitida) è encontrado previamente ao uso de anti-retrovirais. Estes indivíduos podem ter maior risco em não obter resposta virológica adequada por ocasião do tratamento anti-retroviral. Detectamos anteriormente 36% de resistência primária entre indivíduos recém infectados em Santos, SP e 17% em São Paulo, SP,. A ocorrência de mutações leva a uma diminuição da capacidade replicativa do vírus (fitness). Com a suspensão dos anti- retrovirais, os vírus do tipo selvagem, com melhor capacidade replicativa, irão substituir os vírus resistentes. Na resistência primária é desconhecido o tempo de manutenção das mutações, posto que o inoculo viral presente na infecção primária é homogêneo (fenômeno conhecido como bottleneck) e o processo de reversão das mutações poderá requerer longo período de tempo. Neste estudo pretendemos seguir por um período superior a 4 anos, indivíduos recém infectados pelo HIV, que possuem resistência primária aos anti-retrovirais,. Estes indivíduos serão recrutados nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) das cidades de São Paulo e Santos, SP. As amostras de sangue destes indivíduos serão submetidas ao algoritmo SJARHS para confirmação de infecção recente e seqüenciamento do gene pol para determinação de subtipo e resistência primária. Aqueles com resistência primária serão recrutados e acompanhados por três anos, com amostras coletadas a cada quatro meses. Iremos investigar a diferença na persistência das mutações de resistência. (AU)