Efeito do dentifrício fluoretado na desmineralização do esmalte em função da frequência de exposição à sacarose in situ

Resumo

Nos últimos anos se tem sugerido que o consumo de açúcares poderia ser incrementado sem o prejuízo de desenvolvimento de cárie dental quando os sujeitos usam dentifrícios fluoretados. Não obstante, o efeito de dentifrícios fluoretados na desmineralização do esmalte sob várias freqüências de consumo de açúcares não está completamente claro. Desta forma, o objetivo deste estudo será avaliar a desmineralização do esmalte dental com o uso de dentifrício fluoretado, contendo 1100 ppm de F na forma de NaF, sob várias freqüências de exposição à sacarose in situ. Quinze voluntários usarão dispositivos intra-orais palatinos contendo 4 blocos de esmalte dental de terceiros molares humanos extraídos, durante 3 fases experimentais de 14 dias cada. Os voluntários escovarão seus dentes usando o dentifrício designado 2 vezes ao dia. Serão avaliadas as seguintes freqüências de exposição à solução de sacarose 20%: 2, 4, 6, 8 e 10 vezes/dia, também será utilizado um grupo controle negativo no qual não será gotejado nada sobre os blocos dentais. Em cada fase experimental, serão testadas 2 freqüências e a seqüência de grupos de freqüência de uso de sacarose já foi sorteada (6-8, 4-10 e 0-2). Ao final de cada fase experimental, o biofilme dental será coletado, os blocos de esmalte serão removidos dos dispositivos e as seguintes análises serão realizadas: 1) Análise microbiológica através da contagem de microrganismos totais, estreptococos do grupo mutans e lactobacilos; 2) Análise bioquímica do biofilme dental orgânica (determinação da quantidade de polissacarídeo extracelular) e inorgânica (determinação da quantidade de íons flúor, cálcio e fósforo inorgânico); 3) Microdureza do esmalte seccionado longitudinalmente. (AU)