Alimentação de vacas em lactação com duas variedades de cana-de-açúcar

Resumo

O Brasil é hoje o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo sendo que as lavouras destinadas ao uso forrageiro são de baixa produtividade, onerando o custo da atividade pecuária, diferente da alta eficiência alcançada pela produção de cana destinada à industria. A cana-de-açúcar tem sido usada principalmente por pecuaristas sem condições de desenvolver cultivos anuais eficientes, para produção de silagem de milho ou sorgo. Atualmente a maioria das pequenas propriedades utiliza cana como suplemento na seca. Um levantamento mostrou que 86,7% dos produtores da região de Ourinhos, 47,2% da região de Araçatuba, 67,4% da região de Bauru, 40% da região de Bragança Paulista, 63% da região de Franca, 66% na região de Presidente Prudente e 75% na região de Ribeirão Preto usam cana como suplemento de volumoso para bovinos, na época da seca. Como este volumoso apresenta, em sua constituição, baixa porcentagem de proteína bruta e abaixa digestibilidade da fibra, o custo do concentrado oferecido para as vacas leiteiras apresenta custo elevado e utilizar subprodutos, como a casca de soja pode ser uma alternativa. Os objetivos do presente projeto são estudar o consumo de duas variedades de cana-de-açúcar por vacas leiteiras, assim como a influência da substituição de parte do milho, do concentrado, por casca de soja. Ainda é proposto estudar a degradabilidade in situ das duas variedades de cana-de-açúcar, assim como a interferência no pH ruminal, no N amoniacal e na quantidade de ácidos graxos voláteis produzidos no rúmen devido a presenca ou não de casca de soja no concentrado. Este projeto é uma parceria de três instituições de pesquisa da APTA, APTA Regional (Pólo Regional Centro Leste), onde os experimentos serão realizados, o Centro de Cana do IAC, onde as variedades de cana são cultivadas e o Instituto de Zootecnia, onde serão realizadas todas as análises bromatológicas. (AU)