Estudo da interacao do ultra-som com o tecido cardiaco.

Resumo

O progresso do ultra-som na área médica depende de uma maior compreensão de sua interação com os tecidos biológicos. Variações nos parâmetros aplicados, como amplitude do sinal e freqüência de ressonância, levam o ultra-som a interagir diferentemente com diferentes tipos de tecido. A ocorrência de fenômenos físicos, como aquecimento e cavitação, provocados pela propagação da onda ultra-sônica em um tecido, pode causar efeitos biológicos. A exposição ao ultra-som durante procedimentos diagnósticos pode produzir efeitos biológicos, principalmente quando há uso de micro bolhas gasosas para contraste. O desenvolvimento de arritmias decorrentes da interação entre agente de contraste e campo ultra-sônico provavelmente se deve à cavitação, o que pode envolver superaquecimento e formação de radicais livres. Por outro lado, uma das possibilidades de utilização do ultra-som para fins terapêuticos pode ser como alternativa aos desfibriladores elétricos, por apresentar potencial para reverter fibrilação cardíaca. Além disso, o ultra-som é capaz de aumentar o influxo de cálcio em cardiomiócitos, resultando em estimulação do inotropismo miocárdico. Neste projeto, pretende-se construir transdutores ultra-sônicos de diversas freqüências de ressonância, que serão excitados com variadas amplitudes, nos modos pulsado e contínuo, buscando-se os melhores parâmetros para se induzir, assim como reverter, arritmias em tecido cardíaco de rato. (AU)