Isoflavonas e capacidade antioxidante in vitro: comparação entre cultivos tradicional e orgânico de soja

Resumo

Os alimentos de origem vegetal apresentam compostos não-nutrientes (fitoquímicos), tais como as isoflavonas da soja, que apresentam ações biológicas promotoras da saúde, como atividades antioxidante, antiinflamatória e hipocolesterolêmica. O consumo da soja (Glycine max), embora tradicionalmente restrito às dietas orientais, vem se estendendo pelo Ocidente já há alguns anos. O elevado conteúdo protéico de bom valor nutricional da soja, aliado ao seu baixo custo de produção e à alta produtividade, justifica o interesse no aumento do seu consumo pela população. Nas últimas décadas, a crescente consciência ambiental em combinação com o interesse em alimentos mais seguros conduziram a população a questionar práticas agrícolas modernas. Isto foi refletido em uma demanda crescente para o produto orgânico, que é percebido como menos prejudicial ao ambiente e mais saudável do que alimentos cultivados convencionalmente. No entanto, nada se sabe em relação ao efeito deste tipo de cultivo sobre o potencial benéfico à saúde da soja. Diante disto, os objetivos deste trabalho são comparar os cultivos tradicional e orgânico da soja, obtidos concomitantemente da fazenda da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) na safra 2008/2009, em relação aos teores de fenólicos totais, isoflavonas e capacidade antioxidante in vitro.