Enzimas de fungos termofílicos

Resumo

O plano de trabalho envolve 4 subprojetos que estamos desenvolvendo junto com alunos de IC, Mestrandos, Doutorandos e colaboradores. O primeiro subprojeto envolve a caracterização de celulases de fungos termófilos, uma vez que estas enzimas são pouco inibidas pelo produto ou mesmo ativadas, como no caso das b-glucosidases. A mistura de enzimas dos diferentes fungos levará a formulação de um coquetel mais eficiente na sacarificação da resíduos contendo celulose. O segundo envolve o estudo de dois fungos termófilos que hiperproduzem lipases. A versatilidade das propriedades catalíticas das lipases oferece um vasto potencial de aplicação nos diferentes segmentos industriais, os quais exigem, na maioria das vezes enzimas termotolerantes. O terceiro subprojeto envolve o estudo de proteases que são produzidas sem a necessidade de um indutor protéico. O interessante é que os fungos termófilos produzem uma alta quantidade de protease mesmo quando crescidos em celulose, o que abaixaria o custo de produção. Além disso, esses fungos poderiam crescer sobre resíduos que poluem o meio ambiente e a caracterização suas proteases poderia levar ao descobrimento de hidrolases com diferentes propriedades das usuais. O quarto subprojeto envolve a caracterização bioquímica de trealases de fungos termófilos. No passado as trealases eram agrupadas somente em dois grupos: as ácidas e as neutras. Resultados obtidos em nosso laboratório demonstraram a existência de um novo tipo de trealase nos termófilos e denominamos de mista, considerando que exibem propriedades intermediárias entre ácidas e neutras clássicas. Recentemente, estudando dois outros termófilos detectamos outras diferenças e o objetivo é ampliar a caracterização da diversidade das trealases em fungos filamentosos. Em todos os subprojetos o caráter termofilico será testado como vantagem em relação ao mesofílico. (AU)