Atividade cicatrizante de microencapsulados de extrato bruto etanolico obtidos de arrabidaea chica verlot.

Resumo

A pele é o maior órgão do corpo, servindo como barreira protetora contra agentes externos que podem causar lesões teciduais. A cicatrização é um processo complexo e dinâmico que resulta na restauração da função e da continuidade anatômica. No diabetes, podem ocorrer complicações como ulcerações nos pés (pé diabético) em conseqüência da disfunção endotelial que impede uma ação eficaz dos mediadores da inflamação. O interesse na pesquisa de novas substâncias ativas de origem vegetal tem aumentado significativamente. Em particular, crescem também as investigações de extratos vegetais que auxiliem no processo cicatricial, principalmente de úlceras em diabéticos, avaliando a ação desses extratos nas três etapas do processo cicatrizante. Uma alternativa útil no prolongamento do tempo de estocagem de extratos vegetais é a microencapsulação por atomização. A técnica de spray drying apresenta vantagens como rapidez, obtenção de partículas uniformes e esféricas e secagem à pressão atmosférica, além de permitir a produção de grandes volumes em operação contínua. A espécie Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) Verlot é encontrada em quase todo o Brasil e muito comum na Floresta Amazônica. São atribuídos à A. chica propriedades terapêuticas para enfermidades da pele. Estudos desenvolvidos no CPQBA-UNICAMP comprovaram que o extrato bruto de A. chica induziu a proliferação de fibroblastos in vitro; estimulou a síntese de colágeno in vivo e in vitro; apresentou moderada capacidade antioxidante assim como atividade antiulcerogênica. Tendo como base os resultados anteriores obtidos para esta espécie, o presente projeto propõe avaliar o extrato bruto etanólico de A. chica Verlot em ratos diabéticos, assim como estudar a influência da técnica de microencapsulação na atividade cicatrizante. (AU)