Estudo de indices de envelhecimento e prevalencia de aterosclerose em bebedores de vinho habituais vs. abstemios

Resumo

Numerosos estudos demonstram que consumo de vinho tinto é associado a menor risco cardiovascular. Os estudos, no entanto, não são controlados e não permitem conclusões definitivas. Por outro lado, estudos experimentais sugerem que o vinho tinto afeta favoravelmente mecanismos envolvidos no desenvolvimento da aterosclerose, oferecendo assim uma plausibilidade biológica para as observações clínicas. Compostos flavonóides presentes no vinho tinto parecem ser os agentes principais responsáveis pelos efeitos benéficos; entre tais efeitos incluem-se vasodilatação endotélio-dependente, ação antiplaquetáría. Mais recentemente, surgiu interesse pela possível ação de resveratrol um dos flavonóides do vinho tinto - sobre o envelhecimento celular. Este fato pode sugerir a razão da diminuição de mortalidade em indivíduos que consomem vinho tinto regularmente. A análise de indivíduos que bebem vinho tinto em doses moderadas, a longo prazo, oferece a oportunidade de verificar se de fato vinho tinto oferece proteção contra aterosclerose. Se isto for verdadeiro, então, bebedores crônicos deveriam: 1) ser biologicamente mais jovens; 2) ter menos aterosclerose coronária Objetivos: 1) Comparar o estado biológico vascular. 2) Comparar a prevalência de aterosclerose. 3) Comparar fatores de risco e índices inflamatórios em bebedores crônicos vs abstêmios. Material e Métodos: Serão estudados 250 indivíduos adultos, do sexo masculino, com idade entre 50 e 70 anos. Serão divididos em 3 grupos. Grupo 1: formado por 100 indivíduos, que consomem vinho tinto regularmente; o Grupo 2: formado por 50 indivíduos abstêmios. O grupo 3 será formado por indivíduos moradores de Veranópolis, Rio Grande do Sul. 1) Avaliação Nutricional: Será feito um recordatório alimentar durante 3 dias, alternados, da semana, incluindo um dia de fim de semana. 2) Reatividade Vascular, usando ultrason da artéria braquial; 3) índice Íntima-Média da artéria Carótida, 4) Angiotomografia de coronárias, 5) Análise laboratorial, 6) NFKB, 7) Glutationa 8) índices de envelhecimento. (AU)