Análise histoquímica comparativa das glândulas de veneno de abelhas Apis mellifera africanizada e das vespas Polistes versicolor, Agelaia palipes palipes e Polybia paulista.

Resumo

Os Hymenoptera sociais estão incluídos na subordem Apocrita e grupo Aculeata. Evolutivamente, neste grupo ocorreu a transformação do ovipositor em ferrão, a postura passou a ser feita por uma abertura independente (gonóporo) e as glândulas que, anteriormente, eram anexas ao ovipositor passaram a produzir substâncias relacionadas à defesa do ninho. Tais substâncias se tornaram os venenos dos aculeados, e até hoje muitos de seus componentes e mecanismos de ação ainda não são conhecidos. Em pesquisas com animais peçonhentos, os lipídeos têm sido associados à letalidade dos venenos. Nas glândulas de abelhas, insetos de grande importância econômica, vesículas lipídicas foram citoquimicamente detectadas, no entanto, a presença dessas não foi associada a nenhuma possível função dos venenos. Estes trabalhos apenas sugerem que os lipídios sejam absorvidos da hemolinfa para compor o veneno ou para fazer parte da cutícula que reveste as células do túbulo secretor das glândulas. Para esses insetos que despertam muito interesse pelas variadas formas de interação entre os indivíduos, poucos trabalhos histológicos são encontrados, dessa forma, é preciso um aprofundamento morfológico glandular e uma posterior análise de detecção lipídica.