Funções ecossistêmicas da vegetação ripária em paisagens agrícolas sobre a produtividade primária de riachos

Resumo

A vegetação ripária tem recebido atenção em estudos científicos devido às diversas funções que esses ecossistemas exercem sobre a qualidade e disponibilidade da água. Além destes fatores, atualmente recebe grande atenção devido às atuais discussões das mudanças do novo código florestal brasileiro. O Brasil é o principal produtor de cana-de-açúcar do mundo e o Estado de São Paulo é o maior produtor brasileiro. No interior dessas culturas, estão inseridos diversos riachos de cabeceira, que drenam águas para diversos rios e reservatórios que suprem a necessidade de consumo e irrigação da população que vive em seu entorno. Sendo assim, estes ecossistemas necessitam de estudos devido à fragilidade que possuem e à importância que representam. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivos gerais esclarecer se a estrutura da vegetação ripária (proporção na paisagem, riqueza de espécies e densidade) influenciam as suas funções (sombreamento, efeito térmico, entrada de material alóctone) e relacioná-las com as possíveis diferenças na produtividade primária, biomassa, composição elementar e estado nutricional do perifíton e na qualidade da água em riachos tropicais, tendo em vista a importância que esta comunidade representa à cadeia trófica e a atual condição dos recursos hídricos da bacia do rio Corumbataí. Espera-se que com os resultados obtidos através deste estudo seja possível gerar dados que sirvam de base para a ciência e para a criação de políticas públicas relacionadas à conservação dos recursos hídricos inseridos em agroecossistemas e gerar índices através do perifíton para o biomonitoramento da qualidade da água em microbacias agrícolas.