Intenções conscientes e a concepção do agente

Resumo

O ataque de Daniel Wegner à consciência das intenções, trouxe à luz a importância de compreender como intenções podem ser consciente ou não-consciente em diferentes processos de produção de ação. Esta é uma parte relevante da contestação à defesa de Wegner de que intenções são sempre conscientes e, por isso, não podem ser parte da produção de ações. Assim, uma investigação de experimentos de neurociência sobre a consciência dos processos cognitivos - como a percepção, considerada semelhante à ação - é proposta para tentar esclarecer o assunto. Além disso, o desenvolvimento da pesquisa de doutorado trouxe questões para a concepção de ser que age, o agente, o que é fundamental para a questão do desaparecimento do agente (a questão principal do projeto de doutorado), e trouxe à luz o contexto teórico no qual o problema se coloca: a concepção da Teoria da Causalidade do Agente de como os seres humanos agem. Uma investigação mais aprofundada, portanto, é necessária sobre o assunto, uma vez que experiências recentes da neurociência podem revelar problemas fundamentais para esta concepção e, consequentemente, para a sua compreensão de agência; por exemplo, o papel da consciência na produção de ação. Uma revisão dessa compreensão do agente deve ser feita. Assim, o presente projeto propõe uma revisão da concepção do agente - aquele que age - de acordo com resultados empíricos sobre a produção de ação. (AU)