Especiação química de alumínio na solução do solo pela espectroscopia de ressonância nuclear magnética (27Al-RNM)

Resumo

O alumínio é o metal mais abundante no solo. Além de ser um elemento tóxico para as plantas (Al3+) também pode servir como um indicador do teor de silício no solo. Em solos de clima tropical úmido, os minerais de argila, mais especificamente os óxidos de alumínio, tendem a adsorver fortemente o ácido silícico (H4SiO4). Em baixos valores de pH, uma grande quantidade de Al3+ é liberado pelos óxidos durante o processo de intemperismo, sendo então absorvido pelas plantas. A aplicação superficial de corretivos do solo, tais como o calcário e o silicato de cálcio e magnésio, tendem a corrigir o pH, reduzindo assim a concentração de Al3+ e o aumentando a disponibilidade de Si em solução. A adoção do sistema plantio direto (SPD) garante a manutenção da matéria orgânica como cobertura morta na superfície do solo. Assim, os ácidos orgânicos tendem a complexar o Al3+ em solução, diminuindo assim a sua toxicidade nas camadas superficiais do solo. Consequentemente, a especiação de alumínio torna-se um fator importante, uma vez que a toxicidade deste elemento depende de suas formas químicas na solução do solo. Análises não-destrutivas, tal como espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) pode identificar as espécies de alumínio presentes. Procurando unir os benefícios da aplicação superficial de corretivos com a adoção do SPD, este projeto visa à obtenção de espécies químicas de Al na solução do solo através da 27Al RMN (em estado líquido) e correlacionar os resultados com o conteúdo de silício disponível e as propriedades químicas do solo. (AU)