Desenvolvimento de métodos para detecção de adulterações em cafés torradaos e óleo de café

Resumo

Símbolo de hospitalidade e acolhimento, o café é a segunda bebida mais consumida no país e seu consumo regular e moderado traz diversos benefícios à saúde. No ano de 2015 foram exportadas mais de 33 milhões de sacas do produto gerando uma receita de quase 5,6 milhões de dólares para o Brasil, sendo o país o maior produtor e exportador do grão. O óleo extraído dos grãos de café cru também possui elevado potencial para a indústria farmacêutica e cosmética, decorrente de suas propriedades cicatrizantes e compostos que bloqueiam a ação dos raios UV. Dado o elevado valor comercial do café e de seus sub-produtos, é pertinente a preocupação com possíveis adulterantes adicionados ao produto a fim de baratear seus custos, como milho, soja, cascas de café ou mesmo pedaços de madeira. Até o presente momento, não existe uma metodologia abrangente e robusta para determinação e quantificação dos adulterantes encontrados no café; e com relação ao óleo não há relatos na literatura quanto à análise de adulterantes. Uma boa alternativa, para a determinação destes contaminantes, é a técnica de RMN, que se mostrou promissora para análise de outras matrizes alimentícias. Para a análise do óleo de café, outra técnica bastante promissora é a cromatografia gasosa, pois através da composição de triacilgliceróis e ácidos graxos livres pode ser identificada a presença de adulterantes.