Comunicação pública, acesso à informação e ativismo em defesa de direitos reprodutivos

Resumo

Na América Latina, a pandemia de Covid-19 agrava um contexto marcado por acentuadas desigualdades socioeconômicas e de gênero. Se visto pela perspectiva da comunicação, o contexto pode ser caracterizado pela existência de uma cultura desfavorável à afirmação de direitos sexuais e reprodutivos, além de, sobretudo, dificuldades no atendimento do direito à informação sobre políticas públicas para as mulheres, entraves que têm sido enfrentados por ativismos sociais. Dada a novidade deste cenário, as evidências científicas que auxiliem sua compreensão permanecem à espera de desenhos de pesquisa adequados. Este projeto se coloca nessa direção, ao propor a busca por conhecimento na área de comunicação em torno de questões de pesquisa relevantes. O objetivo geral é mapear e caracterizar os fluxos e contrafluxos de informação e comunicação postos em ação por movimentos e ativismos sociais em defesa dos direitos sexuais e reprodutivos, em busca da compreensão da potencial contribuição das fontes de informação pública e dos enquadramentos simbólicos que circulam em sociedades latino-americanas, especificamente Brasil e Argentina, para a afirmação de direitos, no contexto pós-pandemia e das consequências da Covid-19 para a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas. (AU)