Avaliação in vivo de formulações tópicas contendo asiaticosídeo no tratamento de morfeia

Resumo

A Esclerodermia Cutânea ou Morfeia é uma doença inflamatória, autoimune e crônica caracterizada pelo espessamento cutâneo e fibrose dos tecidos envolvidos. Ainda não há um tratamento específico e consensual para a Esclerodermia Cutânea. Trabalhos da literatura apontam o constituinte asiaticosídeo, extraído da planta Centella asiática, como um ativo potencial para o tratamento das lesões de morfeia, atuando na redução do processo inflamatório e fibrótico. Os métodos de bioengenharia cutânea têm sido muito explorados por auxiliarem no diagnóstico clínico da doença e no monitoramento do tratamento de forma não invasiva e objetiva. Desse modo, esse estudo tem como objetivo avaliar os efeitos in vivo da aplicação de formulações tópicas contendo o princípio ativo asiaticosídeo em pacientes portadores de morfeia por meio de técnicas não invasivas de bioengenharia cutânea. Para tal, as emulsões desenvolvidas serão avaliadas a partir dos ensaios de centrifugação e pH e de suas características organolépticas. Para o estudo, 20 pacientes serão recrutados no Ambulatório de Colagenoses do Hospital de Clínicas da Unicamp. Após a assinatura do TCLE, as lesões de cada paciente serão tratadas, duas vezes por dia, por 4 meses, com as formulações sem (grupo controle) e com (grupo tratamento) a adição do ativo. O projeto foi aceito pelo Comitê de ética da Unicamp. A eficácia dessas formulações será avaliada clinicamente por um médico dermatologista, subjetivamente pelo paciente por meio de questionário e objetivamente por métodos de bioengenharia cutânea e de imagem da pele. Os dados obtidos serão analisados pelo teste de normalidade adequado e comparados com nível de significância estatística quando p<0,05. (AU)