Fluxos e qualidade do ar no interior de um pronto atendimento hospitalar: requisitos e recomendações de projeto em um cenário pós-pandemia

Resumo

O presente projeto de pesquisa visa contribuir para a qualidade de edifícios destinados à prestação de serviços de saúde, a partir da avaliação do desempenho em uso. Um Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS) deve amparar atividades complexas, atendendo aos requisitos de salubridade, segurança no uso, conforto ambiental e acessibilidade, com suporte às atividades dos profissionais de saúde e à oferta de um ambiente que contribua para o restabelecimento do paciente. As Unidades de Atendimento às Urgências e Emergências ou Prontos Atendimentos (PAs) ou Prontos-Socorros (PSs), por funcionarem em período integral e, geralmente, com portas abertas, são exemplos de ambientes que apresentam-se, frequentemente, superlotados. Surtos de contaminação, como o causado pelo coronavírus Sars-CoV-2, corroboram a importância da avaliação do edifício em uso, verificando-se a sua adequação aos requisitos de desempenho, identificando-se os pontos positivos, sob a ótica ambiental, e a necessidade de adequações. Aspectos como organização dos fluxos e Qualidade do Ar em Ambientes Internos (QAI) auxiliam na diminuição de contaminações, além de contribuírem para a satisfação dos usuários. Nesse contexto, tem-se como objetivo avaliar as condições de QAI e de fluxo de usuários, materiais (limpos, expurgo, resíduos, alimentos e medicamentos), cadáveres e equipamentos no PS do Hospital Universitário da USP (HU USP), por meio de métodos e técnicas de Avaliação Pós-Ocupação e Simulação Fluidodinâmica Computacional. Espera-se, a partir dos resultados aferidos, elaborar recomendações para o estudo de caso e para futuros projetos, que permitam aumentar a agilidade no atendimento e minimizar os riscos de contaminação, consistindo em subsídio para a elaboração de projetos arquitetônicos com vista à melhoria da qualidade ambiental de PAs e PSs. (AU)