Vias de sinalização e função dos receptores serpentinos SR1 e SR10 de Plasmodium falciparum

Resumo

Parasitas do gênero Plasmodium são os agentes causadores da malária, doença de atinge milhões de pessoas ao redor do mundo anualmente. O surgimento de parasitas resistentes aos antimaláricos clássicos utilizados no tratamento da doença aponta a importância de conhecer a biologia do parasitaebuscar por novos alvos para o desenvolvimento de novos antimaláricos. O desenvolvimento sincrônico e coordenado do parasita da malária apresenta uma forma do parasita driblar o sistema imune do hospedeiro e assegurar a progressão da infecção, por isso elucidar as vias de sinalização e a maquinaria celular envolvida na sincronização dos parasitas é de suma importância para buscar novos alvos. Estudos prévios mostraram que a melatonina, hormônio produzido pela glândula pineal do hospedeiro, possui papel importante na sincronização dos parasitas e desencadeia uma via de sinalização envolvendo diferentes quinases, entre elas a PfeIK1, envolvida na tradução de proteínas. Contudo, o receptor de melatonina em Plasmodium ainda não foi identificado. Em estudos anteriores quatro receptores serpentinos foram identificados no genoma do parasita P. falciparum, sendo eles denominados SR1, SR10, SR12 e SR25. Para investigar o papel dos receptores SR10 e SR1 de Plasmodium utilizaremos técnicas de complementação da nanoluciferase em sistema heterólogo de expressão e técnicas como nanoBRET para investigar o papel dos receptores SR10 e SR1 de Plasmodium. Em adição iremos investigar as características fenotípicas dos receptores utilizando parasitas transgênicos. (AU)