Visualização in vivo da resposta imunológica das efetoras t CD8+ após transplante

Resumo

A rejeição continua sendo a principal causa da perda do enxerto no transplante clínico. Apesar das drogas imunossupressoras serem efetivas na inibição da rejeição aguda no pós-operatório imediato, elas são menos efetivas na prevenção da resposta imune por períodos mais prolongados. Com isso, há uma diminuição da porcentagem da sobrevida do enxerto após o primeiro ano de transplante devido ao processo denominado rejeição crônica. Uma forma de otimizar a sobrevida prolongada dos transplantes pode ser através da visualização da resposta imune in vivo. Para esse estudo será utilizada uma metodologia que permitirá a identificação das células T T específicas contra os antígenos incompatíveis expressos pelo enxerto in vivo. O principal objetivo é monitorar o trajeto e a função das células T reativas ao doador in vivo durante a resposta imune ao enxerto. Os eventos que ocorrem durante a rejeição e sobrevida prolongada do enxerto serão investigados: A avaliação dos eventos seqüenciais que ocorrem como resposta das células T ao enxerto facilitarão o uso mais efetivo da terapia imunossupressora durante o pós-transplante garantindo o nível adequado de imunossupressão necessário para manter as células T reativas do doador em estado inativa. Monitorando o trajeto e função das células T que estão diretamente envolvidas na resposta imune ao enxerto, espera-se identificar novos alvos para imunointervenção. Finalmente, em receptores tratados com agentes imunossupressores e com sobrevida prolongada do enxerto, a determinação do fenótipo e função das células T reativas ao doador que persistem no receptor, pode permitir estratégias ou a identificação de marcadores para a monitorização da ausência de resposta específica das células T in vivo. (AU)