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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Pressão por produção e produção de riscos: a “maratona” perigosa do corte manual da cana-de-açúcar

Texto completo
Autor(es):
Rodolfo Andrade de Gouveia Vilela [1] ; Erivelton Fontana de Laat [2] ; Verônica Gronau Luz [3] ; Alessandro José Nunes da Silva [4] ; Mara Alice Conti Takahashi [5]
Número total de Autores: 5
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Saúde Ambiental - Brasil
[2] Universidade Estadual do Centro Oeste - Brasil
[3] Universidade Federal da Grande Dourados. Faculdade de Ciências da Saúde. Curso de Nutrição - Brasil
[4] Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Piracicaba - Brasil
[5] Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Piracicaba - Brasil
Número total de Afiliações: 5
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Saúde Ocupacional; v. 40, n. 131, p. 30-48, 2015-06-00.
Resumo

Introdução: o setor sucroalcooleiro vem apresentando franca expansão no país nos últimos anos, contando com cerca de 400 usinas processadoras, mais de 1 mil indústrias de suporte e gerando 1 milhão de empregos diretos. Objetivo: compreender, no trabalho dos cortadores de cana-de-açúcar, os determinantes organizacionais que intensificam a carga de trabalho e afetam a saúde dos trabalhadores. Métodos: utilizou-se a Análise Ergonômica do Trabalho, integrada com a avaliação de aspectos fisiológicos e ambientais. Foram avaliados 40 trabalhadores de uma turma de cortadores escolhida por conveniência. A sobrecarga térmica foi monitorada, bem como a frequência cardíaca e a produção diária de cada trabalhador. Resultados: o corte manual da cana durou em média 8 horas diárias de trabalho, com ritmos intensos, alta frequência de movimentos repetitivos e exigências posturais inadequadas, associadas a condições insalubres. Conclusão: o efeito nocivo das variáveis fisiológicas e do aumento da carga cardiovascular foi demonstrado. O ritmo de trabalho é acelerado por medidas gerenciais e organizacionais, com destaque para o pagamento por produção, responsável pelo aumento do desgaste físico dos trabalhadores, ultrapassando seus limites fisiológicos. Recomenda-se, dentre outras medidas, a alteração na forma de remuneração do trabalho no corte manual de cana. (AU)

Processo FAPESP: 06/51684-3 - Ações interinstitucionais para o diagnóstico e prevenção de acidentes do trabalho: aprimoramento de uma proposta para a região de Piracicaba
Beneficiário:Rodolfo Andrade de Gouveia Vilela
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Pesquisa em Políticas Públicas