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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Exercício físico, processo inflamatório e adaptação: uma visão geral

Texto completo
Autor(es):
Fernando Oliveira Catanho da Silva [1] ; Denise Vaz Macedo [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia. Departamento de Bioquímica - Brasil
[2] Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia. Departamento de Bioquímica - Brasil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Rev. bras. cineantropom. desempenho hum.; v. 13, n. 4, p. 320-328, 2011-08-00.
Resumo

O exercício físico induz inflamação, evento que ocorre para promover o reparo e remodelamento tecidual após o trauma. A ativação do processo inflamatório é local e sistêmico, valendo-se para isso de diversas células e componentes secretados. O objetivo é restabelecer a homeostasia orgânica após uma única sessão ou após diversas sessões de exercícios. A resposta de fase aguda consiste de ações integradas entre leucócitos, citocinas, proteínas de fase aguda, hormônios e outras moléculas sinalizadoras que controlam a resposta tanto a uma sessão de exercícios como também direcionam as adaptações decorrentes do treinamento. Nessa revisão, apresentaremos um panorama geral sobre inflamação e exercício físico, e os dados na literatura sobre marcadores de inflamação em resposta a diferentes protocolos experimentais. Os resultados obtidos apontam respostas distintas sobre o processo inflamatório em relação aos efeitos agudos ou crônicos dos exercícios. De forma geral, uma única sessão de exercício físico intenso induz um estado pró-inflamatório, representado por leucocitose transitória, em decorrência de neutrofilia, monocitose e linfocitose, seguida de supressão parcial da imunidade celular. Também têm sido observados aumentos nas concentrações séricas da enzima creatina quinase, proteína C-reativa e moléculas de adesão celular, além do aumento na secreção de cortisol e citocinas. Já o treinamento físico sistematizado pode levar a um estado anti-inflamatório local e sistêmico. Esse ambiente anti-inflamatório viabilizaria a adaptação e, ao mesmo tempo, protegeria o organismo contra o desenvolvimento de patologias inflamatórias crônicas e dos efeitos nocivos do overtraining, quando parece prevalecer um estado pró-inflamatório e pró-oxidante crônico e sistêmico. (AU)

Processo FAPESP: 04/07203-5 - Quantificação de citoquinas pela técnica de ressonância de plasmon de superfície em ratos submetidos a exercício intermitente de alta intensidade
Beneficiário:Fernando Oliveira Catanho da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto