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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Partos domiciliares acidentais na região sul do Município de São Paulo

Texto completo
Autor(es):
Márcia Furquim de Almeida [1] ; Gizelton Pereira Alencar [2] ; Maria Hillegonda Dutilh Novaes [3] ; Ivan França Jr [4] ; Arnaldo Augusto Siqueira [5] ; Daniela Schoeps [6] ; Oona Campbell [7] ; Laura Rodrigues [8]
Número total de Autores: 8
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia - Brasil
[3] USP. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva - Brasil
[4] USP. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Saúde Materno Infantil - Brasil
[5] USP. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Saúde Materno Infantil - Brasil
[6] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia - Brasil
[7] London School of Hygiene and Tropical Medicine. Department of Epidemiology - Inglaterra
[8] London School of Hygiene and Tropical Medicine. Department of Epidemiology - Inglaterra
Número total de Afiliações: 8
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 39, n. 3, p. 366-375, 2005-06-00.
Resumo

OBJETIVO: Identificar a freqüência, o risco de mortalidade fetal e neonatal precoce e os determinantes do parto domiciliar acidental. MÉTODOS: Estudo caso-controle de base populacional sobre mortes fetais e neonatais precoces realizado na região sul do Município de São Paulo. Foram coletados dados em entrevistas domiciliares e de prontuários hospitalares. Os motivos referidos pelas mães para a ocorrência de partos domiciliares foram obtidos nas entrevistas. Os fatores de risco para o parto domiciliar foram obtidos comparando-se com os partos hospitalares. Os dados foram analisados separadamente para perdas fetais, óbitos neonatais e sobreviventes. Foram utilizadas odds ratio, intervalo de confiança de 95% e o teste exato de Fisher para avaliar os fatores de risco e estimar o risco de morte. RESULTADOS: A freqüência de partos domiciliares de 0,2% no Sistema de Informações de Nascidos Vivos está sub-notificada. Quando ajustada, passa a ser de 0,4%, compatível com a encontrada em algumas cidades da Europa. Todos os partos domiciliares identificados foram acidentais. O parto domiciliar acidental está associado ao aumento da mortalidade fetal e neonatal precoce. Características sociais das mães e da gestação estão associadas à ocorrência de partos domiciliares acidentais, e não são sempre as mesmas para os três tipos de desfecho (óbito fetal, óbito neo-natal precoce e sobreviventes). A falta de transporte para o hospital foi indicada como motivo para os partos domiciliares por 30% das mães. Falhas do sistema de saúde em reconhecer a iminência do parto e a não disponibilidade de atendimento de urgência contribuíram para a ocorrência de alguns partos domiciliares. CONCLUSÕES: Apesar de serem eventos raros, pelo menos em área urbana, os partos domiciliares acidentais devem merecer atenção específica, já que acarretam aumento do risco de morte e parecem ser evitáveis. (AU)

Processo FAPESP: 99/11985-9 - Mortalidade perinatal na região sul do município de São Paulo: um estudo caso-controle de base populacional
Beneficiário:Arnaldo Augusto Franco de Siqueira
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular