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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto

Texto completo
Autor(es):
Aníbal Faúndes [1] ; Karla Simônia de Pádua [2] ; Maria José Duarte Osis [3] ; José Guilherme Cecatti [4] ; Maria Helena de Sousa [5]
Número total de Autores: 5
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Centro de Pesquisas Materno-Infantis de Campinas - Brasil
[2] Centro de Pesquisas Materno-Infantis de Campinas - Brasil
[3] Centro de Pesquisas Materno-Infantis de Campinas - Brasil
[4] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Tocoginecologia - Brasil
[5] Centro de Pesquisas Materno-Infantis de Campinas - Brasil
Número total de Afiliações: 5
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 38, n. 4, p. 488-494, 2004-08-00.
Resumo

OBJETIVO: Conhecer a preferência de mulheres quanto às vias e formas de parto, e a opinião de médicos a respeito dessa preferência. MÉTODOS: Foram entrevistadas 656 mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde, em hospitais de São Paulo e Pernambuco incluídos no Estudo Latino-Americano de Cesárea (ELAC): 230 em três hospitais de intervenção, em que a estratégia da segunda opinião diante da decisão de realizar uma cesárea foi adotada como rotina, e 426 mulheres em quatro hospitais de controle, onde não houve intervenção. Os médicos responderam a um auto-questionário, sendo 77 dos hospitais de intervenção e 70 dos de controle. Para análise dos dados foram utilizados o qui-quadrado de Mantel-Haenszel, o teste Yates ou o Exacto de Fischer. RESULTADOS: Nos dois tipos de hospital, a grande maioria das mulheres declarou preferir o parto vaginal à cesárea. Essa preferência foi significativamente maior entre as entrevistadas que já haviam experimentado as duas formas de parto (cerca de 90% nos dois tipos de hospital), comparadas às que haviam tido só cesáreas (72,8% nos hospitais de intervenção e 77,8% nos de controle). Na opinião de 45% dos médicos dos hospitais de intervenção e de 55% dos de hospitais de controle, a maioria das mulheres submetidas a uma cesárea sentia-se satisfeita; 81 e 85% dos médicos, respectivamente, consideraram que as mulheres solicitam cesariana, porque têm medo do parto vaginal. CONCLUSÕES: O conceito de que a principal causa do aumento na taxa de cesárea é o respeito dos desejos das mulheres por parte dos médicos não tem sustentação na opinião declarada pelas mulheres. Uma melhor comunicação entre médicos e mulheres grávidas talvez possa contribuir para melhoria da situação atual. (AU)

Processo FAPESP: 99/07520-0 - Módulo social do estudo latino americano de cesáreas (ELAC): satisfação de médicos e mulheres
Beneficiário:Anibal Eusébio Faúndes Latham
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular