Comportamento sedentário alto e comprometimento da aptidão física em tabagistas adultos apesar do nível adequado de atividade física na vida diária

Autor(es)

Vinicius Tonon Lauria ^[1] ; Evandro Fornias Sperandio ^[2] ; Agatha Caveda Matheus ^[3] ; Rodrigo Pereira da Silva ^[4] ; Marcello Romiti ^[5] ; Antônio Ricardo de Toledo Gagliardi ^[6] ; Rodolfo Leite Arantes ^[7] ; Victor Zuniga Dourado ^[8]

Afiliação do(s) autor(es)

^[1] Federal University of São Paulo. Laboratory of Epidemiology and Human Movement - Brasil

^[2] Federal University of São Paulo. Laboratory of Epidemiology and Human Movement - Brasil

^[3] Federal University of São Paulo. Laboratory of Epidemiology and Human Movement - Brasil

^[4] Federal University of São Paulo. Laboratory of Epidemiology and Human Movement - Brasil

^[5] Angiocorpore Institute of Cardiovascular Medicine - Brasil

^[6] Angiocorpore Institute of Cardiovascular Medicine - Brasil

^[7] Angiocorpore Institute of Cardiovascular Medicine - Brasil

^[8] Federal University of São Paulo. Laboratory of Epidemiology and Human Movement - Brasil

• Tipo de documento: Artigo Científico
• Fonte: Rev. bras. cineantropom. desempenho hum.; v. 19, n. 1, p. 62-73, 2017-02-00.

Resumo

Resumo O comportamento sedentário pode desempenhar papel importante nos resultados relacionados à saúde, independentemente da quantidade de atividade física na vida diária (AFVD). Nosso objetivo foi avaliar e comparar o comportamento sedentário, bem como a capacidade funcional em tabagistas e não tabagistas fisicamente ativos. Vinte e oito tabagistas adultos e 38 não tabagistas sem doenças respiratórias foram pareados por idade, sexo, índice de massa corporal, composição corporal, risco cardiovascular e AFVD moderada a intensa. Os participantes realizaram espirometria, teste de exercício cardiopulmonar (TECP), teste de caminhada de seis minutos (TC6), dinamometria isocinética e composição corporal (bioimpedância). Apesar da quantidade semelhante de AFVD moderada a intensa (mediana, 4,5h/semana para tabagistas e 4,0h/semana para os não tabagistas), os tabagistas passaram mais tempo deitados (mediana, 8,2h/semana: intervalo de confiança de 95%, 5,4 a 19,1 vs. 6,1h/semana: 3,7 a 11,2) e em atividades sedentárias (mediana, 100h/semana: 66 a 129 vs. 78h/semana: 55 a 122) em comparação com não tabagistas. Os tabagistas também apresentaram pior espirometria, pico de V’O2 e freqüência cardíaca máxima no TECP, TC6 e índices isocinéticos (p<0,05). Observamos uma forte correlação entre o tempo gasto deitado e a espirometria (r = - 0,730) nos tabagistas. O tabagismo está relacionado ao maior comportamento sedentário, apesar do nível AFVD adequado. Um nível AFVD adequado não reduziu os efeitos deletérios do tabagismo na capacidade funcional. Interromper o comportamento sedentário pode ser uma intervenção apropriada em tabagistas para a prevenção de doenças. (AU)

• Processo FAPESP: 11/07282-6 - Nível de atividade e aptidão física e sua associação com o declínio da função pulmonar em adultos do município de Santos, Brasil
• Beneficiário: Victor Zuniga Dourado
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Jovens Pesquisadores