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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Subestimativa de obesidade e sobrepeso a partir de medidas autorrelatadas na população geral: prevalência e proposta de modelos para correção

Texto completo
Autor(es):
Lara Onofre Ferriani [1] ; Evandro Silva Freire Coutinho [2] ; Daniela Alves Silva [3] ; Carolina Perim de Faria [4] ; Maria del Carmen Bisi Molina [5] ; Isabela Judith Martins Benseñor [6] ; Maria Carmen Viana [7]
Número total de Autores: 7
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal do Espírito Santo - Brasil
[2] Fundação Oswaldo Cruz - Brasil
[3] Universidade Federal do Espírito Santo - Brasil
[4] Universidade Federal do Espírito Santo - Brasil
[5] Universidade Federal do Espírito Santo - Brasil
[6] Universidade de São Paulo - Brasil
[7] Universidade Federal do Espírito Santo - Brasil
Número total de Afiliações: 7
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Cadernos de Saúde Pública; v. 35, n. 6 2019-07-04.
Resumo

Os objetivos deste artigo são: (i) comparar medidas autorrelatadas de peso e estatura com medidas aferidas; (ii) avaliar o impacto dessas discrepâncias sobre o índice de massa corporal (IMC) e as prevalências de sobrepeso e obesidade; e (iii) aplicar modelos de correção das medidas autorrelatadas e avaliar o grau de melhoria das medidas corrigidas produzidas pelo uso desses modelos. Realizou-se estudo transversal, com avaliação de 4.151 adultos (18 a 60 anos) participantes do Estudo Epidemiológico dos Transtornos Mentais São Paulo Megacity. Foram propostos e testados modelos de regressão linear estratificados por sexo, para a correção das medidas autorrelatadas. Para avaliar a concordância, usou-se o coeficiente de correlação intraclasse para as medidas aferidas, medidas autorrelatadas e medidas corrigidas, bem como o coeficiente kappa para as categorias de classificação do IMC. O peso autorrelatado e o IMC resultantes foram subestimados, ao passo que a estatura foi superestimada, comparados às medidas aferidas. Com todos os modelos de correção, as medidas corrigidas tornaram-se mais próximas às medidas aferidas. As prevalências de excesso de peso, quando calculadas a partir das medidas autorrelatadas, estavam subestimadas em 24% em homens e 28% em mulheres. Com as correções, a subestimativa diminuiu para 8% e 10%, respectivamente. Identificou-se concordância moderada para as medidas autorrelatadas e concordância substancial para as medidas corrigidas, quando comparadas às medidas reais. O uso de equações de correção para dados autorrelatados mostrou-se um método útil para produzir estimativas mais fidedignas da prevalência de excesso de peso e obesidade na população geral, geralmente estimadas a partir de medidas de peso e estatura autorrelatadas nos inquéritos populacionais. (AU)

Processo FAPESP: 03/00204-3 - Estudo epidemiológico dos transtornos psiquiátricos na região metropolitana de São Paulo: prevalências, fatores de risco e sobrecarga social e econômica
Beneficiário:Laura Helena Silveira Guerra de Andrade
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático