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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

O quarto de Ceci: paisagem, natureza-morta e desejo em O guarani, de José de Alencar

Texto completo
Autor(es):
Marcos Flamínio Peres [1]
Número total de Autores: 1
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo - Brasil
Número total de Afiliações: 1
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Alea: Estudos Neolatinos; v. 21, n. 3, p. 17-32, 2019-11-11.
Resumo

Resumo Este artigo explora duas linhas contrastivas e complementares de representação da natureza em O guarani (1857), de José de Alencar, que são a paisagem e a natureza-morta, em especial esta última. Gênero que atinge seu clímax no século 17 nos Países Baixos, a natureza-morta passa ao primeiro plano da pintura ao valorizar características como a domesticidade, o apego ao detalhe e, sobretudo, a repressão do desejo, conforme apontam os estudos de Svetlana Alpers, Meyer Schapiro e Jacqueline Labbe. Do ponto de vista formal, o objeto representado necessita ser retirado de seu contexto original e inserido em uma nova teia de relações. Ora, todos esses aspectos estão presentes na descrição do quarto de Ceci no capítulo inicial, onde a atenção às “coisas mínimas” e às “miniaturas”, para retomarmos os termos de Araripe Jr., imprime tamanha força ao desejo que ele se irradia para todo o romance e se torna elemento central para movimentar sua engrenagem narrativa. (AU)

Processo FAPESP: 17/22998-4 - Romanesco, normatividade e mundos possíveis em José de Alencar e Machado de Assis
Beneficiário:Marcos Roberto Flamínio Peres
Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa