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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

VERDADE POLICIAL COMO VERDADE JURÍDICA: NARRATIVAS DO TRÁFICO DE DROGAS NO SISTEMA DE JUSTIÇA

Texto completo
Autor(es):
Maria Gorete Marques de Jesus [1]
Número total de Autores: 1
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Núcleo de Estudos da Violência - Brasil
Número total de Afiliações: 1
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Ciências Sociais; v. 35, n. 102 2019-12-20.
Resumo

O que torna possível que narrativas policiais de flagrantes de tráfico de drogas sejam recepcionadas como verdade pelos operadores do direito, sobretudo juízes? Para responder a essa questão, o artigo apresenta análises de processos, entrevistas com policiais, juízes e promotores e registros de campo de audiências judiciais. Foram utilizados multimétodos, combinados à análise de fluxo do sistema de justiça. Constatou-se que a verdade policial resulta de um processo de seleção daquilo que os policiais do flagrante vão considerar adequado tornar oficial. Essa verdade é recepcionada pelos operadores do direito e justificada a partir de um repertório de crenças: a crença na função policial, a crença no saber policial e a crença na conduta do policial. A crença dispensa o conhecer, pois não se questiona a forma como as informações foram produzidas pelos policiais. A verdade policial é uma verdade que vale para o direito, sendo o elemento central para a constituição da verdade jurídica. (AU)

Processo FAPESP: 14/19557-8 - O que está no mundo não está nos autos: a construção da verdade jurídica nos processos de crimes de tráfico de drogas
Beneficiário:Maria Gorete Marques de Jesus
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado