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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Silicone líquido industrial para transformar o corpo: prevalência e fatores associados ao seu uso entre travestis e mulheres transexuais em São Paulo, Brasil

Texto completo
Autor(es):
Thiago Pestana Pinto [1] ; Flavia do Bonsucesso Teixeira [2] ; Claudia Renata dos Santos Barros [3] ; Ricardo Barbosa Martins [4] ; Gustavo Santa Roza Saggese [5] ; Daniel Dutra de Barros [6] ; Maria Amelia de Sousa Mascena Veras [7]
Número total de Autores: 7
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - Brasil
[2] Universidade Federal de Uberlândia - Brasil
[3] Universidade Católica de Santos - Brasil
[4] Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP - Brasil
[5] Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - Brasil
[6] Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - Brasil
[7] Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - Brasil
Número total de Afiliações: 7
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Cadernos de Saúde Pública; v. 33, n. 7 2017-07-27.
Resumo

O objetivo deste trabalho foi estimar a prevalência do uso de silicone líquido industrial (SLI) entre pessoas travestis e mulheres transexuais e identificar os fatores relacionados a esta prática. Trata-se de estudo transversal realizado em sete municípios do Estado de São Paulo, Brasil, com dados coletados entre 2014 e 2015, em uma amostra de 576 pessoas. Na análise dos fatores associados, utilizamos o modelo de Poisson com variância robusta para estimar as razões de prevalências bruta e ajustada. A prevalência do uso de SLI foi de 49%, a média de idade para a primeira colocação de SLI foi de 22 (± 5,3) anos e aproximadamente 43% informaram a ocorrência de problemas de saúde decorrente do uso. No modelo múltiplo ter escolaridade menor que o nível superior, estar em faixa etária a partir dos 20 anos, identificar-se como travesti e exercer a prostituição foram associados positivamente com a utilização de SLI. Houve uma elevada prevalência do uso de SLI e de problemas decorrentes desta prática, indicando um desafio acerca da prevenção do uso e da redução dos danos à saúde provocados pelo SLI. Dessa forma, torna-se fundamental assegurar o acesso aos recursos necessários para a realização das modificações corporais ao longo do percurso de transição por meio de uma atenção integral à saúde das pessoas travestis e transexuais no Sistema Único de Saúde. Finalmente, incluir nas políticas de saúde as demandas por modificações corporais como parte da construção da identidade de gênero, respeitando as necessidades singulares de cada pessoa neste processo de transição. (AU)

Processo FAPESP: 13/22366-7 - Vulnerabilidades, demandas de saúde e acesso a serviços da população de travestis e transexuais do estado de São Paulo
Beneficiário:Maria Amélia de Sousa Mascena Veras
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular