Busca avançada
Ano de início
Entree
(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Detecção de anticorpos anti-Rickettsia rickettsii em cães residentes em área negligenciada no município de São Paulo, SP, Brasil

Texto completo
Autor(es):
Z.Ê.S. Souza [1] ; B.V. Moraes ; F.S. Krawczak [3] ; L. Zulzke [4] ; T.V. Carvalho [5] ; A.O. Sousa [6] ; R.G. Agopian [7] ; A. Marcili ; M.B. Labruna [9] ; J. Moraes-Filho
Número total de Autores: 10
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Santo Amaro - Brasil
[3] Universidade Federal de Goiás. Escola de Veterinária e Zootecnia - Brasil
[4] Universidade Santo Amaro - Brasil
[5] Universidade Santo Amaro - Brasil
[6] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Brasil
[7] Universidade Santo Amaro - Brasil
[9] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Brasil
Número total de Afiliações: 10
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia; v. 72, n. 6, p. 2141-2147, 2020-11-27.
Resumo

RESUMO A febre maculosa brasileira (FMB), descrita inicialmente nos Estados Unidos como febre maculosa das Montanhas Rochosas, é uma antropozoonose relatada apenas no continente americano e causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. No Brasil a transmissão ocorre sobretudo pela picada de carrapatos do gênero Amblyomma spp. A doença foi inicialmente descrita como de transmissão em áreas rurais e silvestres, no entanto áreas periurbanas e urbanas vêm apresentando casos, principalmente relacionados com a presença de humanos residindo em pequenos fragmentos de mata ciliar. O presente estudo teve por objetivo elucidar a dispersão da FMB nas proximidades dos reservatórios Guarapiranga e Billings, na cidade de São Paulo, SP. Para tanto, a presença de anticorpos anti-R. rickettsii, Rickettsia parkeri e Rickettsia bellii foi avaliada em cães atendidos nas campanhas de esterilização cirúrgica e residentes ao redor dos reservatórios. Foram coletadas amostras de 393 cães, e as amostras de soro foram analisadas pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI), com ponto de corte de 1:64. Os títulos para R. rickettsii variaram de 256 a 4096, com positividade de 3,3% (13/393); para R. bellii, de 128 a 1024 e 4,1% (16/393) de positivos, e um único animal (0,25%) foi soropositivo para R. parkeri, com título de 128. Os achados permitem concluir que a região de estudo apresenta condições de se tornar uma possível área com casos de FMB, pois comporta fragmentação de Mata Atlântica, condições essas ideais para a manutenção do vetor do gênero Amblyomma já descrito na região, bem como para a presença da Rickettsia rickettsii circulante entre os cães, confirmada pela existência de anticorpos. Condutas referentes à conscientização da população por meio de trabalhos educacionais devem ser implantadas para a prevenção da doença na população da área. (AU)

Processo FAPESP: 16/00167-0 - Hemoparasitoses em cães: aspectos clínicos, perfil laboratorial e molecular para Rickettsia rickettsii, Ehrlichia canis, Rangelia vitalii, Babesia canis vogeli e Bartonella sp. em áreas negligenciadas e com risco de transmissão na cidade de São Paulo
Beneficiário:Jonas Moraes Filho
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular