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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Ouve, meu filho, o silêncio: a experiência racial de Dorival Caymmi e a epistemologia silenciosa dos candomblés

Texto completo
Autor(es):
Vítor Queiroz [1]
Número total de Autores: 1
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Brasil
Número total de Afiliações: 1
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Horiz. antropol.; v. 28, n. 63, p. 275-306, 2022-06-13.
Resumo

Resumo A discussão sobre relações raciais, no Brasil e em outras margens do Atlântico, tende a privilegiar alguns signos exteriorizados, discursos e traços demarcadores da diferença. Porém, a condição de sujeitos reflexivos, capazes de analisar não apenas suas experiências, mas também de pensar múltiplas relações e alteridades, costuma ser negada a pessoas e grupos negros de diversas formas, mesmo na bibliografia especializada. Proponho neste artigo, na contramão dessas duas tendências, uma reflexão de cunho epistemológico sobre as noções de silêncio e segredo, centrais para o candomblé e para outras comunidades afrorreligiosas, a partir da trajetória do músico baiano Dorival Caymmi. Com isso, pretendo evidenciar certas dimensões não ditas, íntimas, dos processos de racialização brasileiros, que incluem o caráter estratégico do silêncio e das alianças solidárias, micropolíticas. Espero salientar, dessa forma, as possibilidades de agência e sobretudo a importância conceitual das ideias e histórias atualizadas pela vivência dos candomblecistas, suas entidades e seus terreiros. (AU)

Processo FAPESP: 12/22714-2 - Branco mulato, preto doutor: negritude, baianidade e autoimagem na obra tardia de Dorival Caymmi (1968-2008)
Beneficiário:Vítor Aquino de Queiroz Davila Teixeira
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado