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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Hospitalizações por câncer bucal e orofaríngeo no Brasil pelo SUS: impactos da pandemia de covid-19

Texto completo
Autor(es):
Amanda Ramos da Cunha [1] ; Sofia Rafaela Maito Velasco [2] ; Fernando Neves Hugo [3] ; José Leopoldo Ferreira Antunes [4]
Número total de Autores: 4
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia - Brasil
[2] Centro de Estudos, Pesquisa e Prática em APS e Redes. Hospital Israelita Albert Einstein - Brasil
[3] Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Odontologia. Departamento de Odontologia Preventiva e Social - Brasil
[4] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia - Brasil
Número total de Afiliações: 4
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 57, 2023-05-26.
Resumo

RESUMO OBJETIVO Analisar o impacto das diferentes fases da pandemia de covid-19 sobre as hospitalizações por câncer bucal (CaB) e de orofaringe (CaOR) no Brasil, realizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). MÉTODOS Os dados quanto às internações hospitalares por CaB e CaOR, entre janeiro de 2018 e agosto de 2021, foram obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do SUS. As internações foram analisadas sob a forma de taxas por 100 mil habitantes. Os períodos de pandemia (janeiro de 2020 a agosto de 2021) e pré-pandemia (janeiro de 2018 a dezembro de 2019) foram divididos em quadrimestres; as taxas quadrimestrais do período pandêmico foram comparadas às taxas análogas do período pré-pandemia – para o Brasil, por macrorregião e por grupo de procedimentos realizados na internação. O impacto da pandemia sobre o valor médio das internações também foi analisado. Os resultados foram expressos em variação percentual. RESULTADOS As taxas de internação hospitalar no SUS por CaB e CaOR reduziram durante a pandemia no Brasil. Em comparação com os quadrimestres de 2019, a maior redução foi identificada no segundo quadrimestre de 2020 (18,42%), seguida das reduções do terceiro quadrimestre de 2020 (17,76%) e do primeiro e segundo quadrimestres de 2021 (respectivamente, 14,64% e 17,07%). Sul e Sudeste apresentaram as reduções mais expressivas e constantes entre as diferentes fases da pandemia. As internações para procedimentos clínicos sofreram maior redução do que para procedimentos cirúrgicos. No Brasil, o gasto médio por internação nos quadrimestres da pandemia foi maior do que nos quadrimestres de referência. CONCLUSÃO Após mais de um ano do início da pandemia no Brasil, a rede hospitalar de cuidado ao CaB e CaOR do SUS ainda não tinha se restabelecido. A demanda reprimida de hospitalizações por essas doenças, que são de rápida evolução, possivelmente resultará em atrasos para tratamento, com impacto negativo para a sobrevida desses pacientes; futuros estudos são necessários para monitorar essa situação. (AU)

Processo FAPESP: 21/07433-6 - Impacto da COVID-19 na mortalidade e assistência hospitalar do Câncer nas 133 regiões geográficas intermediárias do Brasil e sua relação com condições socioeconômicas e provisão de estrutura hospitalar
Beneficiário:Amanda Ramos da Cunha
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado