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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Prevalência e preditores do aleitamento materno na coorte MINA-Brasil

Texto completo
Autor(es):
Paola S. Mosquera [1] ; Bárbara H. Lourenço [2] ; Alicia Matijasevich [3] ; Marcia C. Castro [4] ; Marly A. Cardoso [5]
Número total de Autores: 5
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Nutrição - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Nutrição - Brasil
[3] Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva - Brasil
[4] Harvard T.H. Chan School of Public Health. Department of Global Health and Population - Estados Unidos
[5] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Nutrição - Brasil
Número total de Afiliações: 5
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista de Saúde Pública; v. 57, 2024-02-26.
Resumo

RESUMO OBJETIVO: Descrever a prevalência e os fatores associados às práticas de aleitamento materno exclusivo (AME) e continuado (AM) entre crianças amazônicas. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 1.143 pares mãe-filho registrados na coorte de nascimento Materno-Infantil no Acre (MINA-Brasil). As informações sobre AME e AM foram coletadas após o parto (julho de 2015–junho de 2016) e durante as consultas de acompanhamento com 1 e 6 meses pós-parto e com 1, 2 e 5 anos de idade. A análise longitudinal considerou a duração do AME e AM como desfechos. A probabilidade das práticas de aleitamento materno foi estimada pela análise de sobrevida de Kaplan-Meier. As associações entre as variáveis preditoras basais e os desfechos entre crianças nascidas a termo foram avaliadas por modelos de regressão de Cox estendidos. RESULTADOS: As frequências de AME (intervalo de confiança de 95% [IC95%]) aos 3 e 6 meses de idade foram de 33% (IC95%: 30,2–36,0) e 10,8% (IC95%: 8,9–12,9), respectivamente. A razão de risco ajustada para preditores de interrupção precoce do AME foi: ser primípara = 1,47 (IC95%: 1,19–1,80), alimentar recém-nascidos com pré-lácteos = 1,70 (IC95%: 1,23–2,36), usar chupeta na primeira semana de vida = 1,79 (IC95%: 1,44–2,23) e apresentar diarreia nas duas primeiras semanas de vida = 1,70 (IC95%: 1,15–2,52). A frequência do AM continuado foi de 67,9% (IC95%: 64,9–70,8), 29,3% (IC95%: 26,4–32,4) e 1,7% (IC95%: 0,9–2,8) aos 1, 2 e 5 anos de idade, respectivamente. A razão de risco ajustada para preditores de cessação precoce do AM foi: sexo masculino = 1,23 (IC95%: 1,01–1,49), uso de chupeta na primeira semana de vida = 4,66 (IC95%: 2,99–7,26) e AME menor que 3 meses = 2,76 (IC95%: 1,64–4,66). CONCLUSÕES: A duração do AME e do AM continuado entre crianças amazônicas é consideravelmente menor do que as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Preditores significativos das práticas de aleitamento materno devem ser considerados na avaliação das estratégias locais para alcançar práticas ideais de aleitamento materno. (AU)

Processo FAPESP: 16/00270-6 - Estudo MINA - Materno-Infantil no Acre: coorte de nascimentos da Amazônia Ocidental Brasileira
Beneficiário:Marly Augusto Cardoso
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático