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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Maior propósito de vida e escolaridade se associaram a melhor cognição entre pessoas idosas

Texto completo
Autor(es):
Wellington Lourenço Oliveira [1] ; Ruth Caldeira de Melo ; Meire Cachioni ; Deusivania Vieira da Silva Falcão [4] ; Samila Sathler Tavares Batistoni ; Tiago Nascimento Ordonez [6] ; Anita Liberalesso Neri [7] ; Mônica Sanches Yassuda
Número total de Autores: 8
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Departamento de Gerontologia - Brasil
[4] Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Departamento de Gerontologia - Brasil
[6] Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Departamento de Gerontologia - Brasil
[7] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Gerontologia - Brasil
Número total de Afiliações: 8
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Arquivos de Neuro-Psiquiatria; v. 82, n. 3 2024-04-05.
Resumo

Resumo Antecedentes Com o envelhecimento, algumas habilidades cognitivas mudam devido a processos neurobiológicos. A cognição também pode ser influenciada por aspectos psicossociais. Objetivo Descrever as relações entre uma medida de neuroticismo, sintomas depressivos, propósito de vida e o desempenho cognitivo em pessoas idosas residentes na comunidade. Métodos Trata-se de uma análise transversal com base nos dados da segunda onda do estudo de Fragilidade em Idosos Brasileiros (FIBRA), realizado entre 2016 e 2017. A amostra foi composta por 419 pessoas idosas (≥ 72 anos) cognitivamente saudáveis e em maior parte com baixa escolaridade. As variáveis de interesse foram as sociodemográficas, domínio Neuroticismo do NEO-PI-R, Escala de Depressão Geriátrica (EDG) e Escala de Propósito de Vida (PV) e um escore cognitivo composto que incluiu o Miniexame de Estado Mental (MEEM) e as pontuações dos subitens do Miniexame Cognitivo de Addenbrooke (M-ACE), a saber, Fluência Verbal (FV) Animal, Teste do Desenho do Relógio (TDR) e Memória Episódica (nome e endereço). Resultados Houve um maior número de mulheres (70%), com idade elevada (mediana = 80 anos, IIQ = 77-82) e baixa escolaridade (mediana = 4 anos, IIQ = 2-5). Nas correlações bivariadas, anos de escolaridade (ρ = 0,415; p < 0,001) e PV (ρ = 0,220; p < 0,001) foram positivamente associadas à cognição. Neuroticismo (ρ = -0,175; p < 0,001) e sintomas depressivos (ρ = -0,185; p < 0,001) foram negativamente associados à cognição. Na regressão logística, após a inclusão de variáveis de confusão, as associações entre cognição e PV (OR = 2,04; p = 0,007) e escolaridade (OR = 1,32; p < 0,001) permaneceram significativas. Conclusão Baixo PV e baixa escolaridade foram associados à pior cognição em idosos. Tais resultados podem ser relevantes em programas que visam a melhorar a cognição entre pessoas idosas. (AU)

Processo FAPESP: 16/00084-8 - Estudo de seguimento das coortes de Campinas e de Ermelino Matarazzo do estudo FIBRA: preditores e desfechos da fragilidade em idosos no Brasil
Beneficiário:Monica Sanches Yassuda
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Temático