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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Organização dos sistemas locais de saúde em municípios rurais remotos brasileiros no enfrentamento da pandemia de COVID-19

Texto completo
Autor(es):
Nereide Lucia Martinelli [1] ; Simone Schenkman [2] ; Elisete Duarte [3] ; Cleide Lavieri Martins [4] ; Renata Elisie Barbalho [5] ; Márcia Cristina Rodrigues Fausto [6] ; Aylene Emilia Moraes Bousquat [7]
Número total de Autores: 7
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal de Mato Grosso. Instituto de Saúde Coletiva - Brasil
[2] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública - Brasil
[3] Universidade Federal de Mato Grosso. Instituto de Saúde Coletiva - Brasil
[4] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública - Brasil
[5] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública - Brasil
[6] Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - Brasil
[7] Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública - Brasil
Número total de Afiliações: 7
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Cadernos de Saúde Pública; v. 40, n. 6 2024-07-29.
Resumo

Resumo: Na pandemia de COVID-19, as populações que vivem mais afastadas dos centros urbanos enfrentaram imensas dificuldades no acesso aos serviços de saúde. O objetivo deste estudo é analisar como os municípios rurais remotos brasileiros enfrentaram a pandemia de COVID-19, tendo como base sua resposta política, estrutural e organizativa ao acesso à saúde. Trata-se de estudo qualitativo de casos múltiplos com a análise de conteúdo temática e dedutiva de 51 entrevistas conduzidas com gestores e profissionais de saúde em 16 municípios rurais remotos dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Minas Gerais e Amazonas. Com dinâmicas socioespaciais próprias, grandes distâncias até os centros de referência, os municípios rurais remotos responderam às demandas da pandemia, mas não tiveram suas necessidades atendidas oportunamente. Preservaram a comunicação com a população, reorganizaram o sistema local centrado na atenção primária à saúde (APS), alteraram o funcionamento das unidades de saúde, ultrapassando os limites de suas atribuições para prestar o cuidado necessário e aguardar o encaminhamento aos demais níveis de complexidade. Enfrentaram a escassez de serviços, as lacunas assistenciais da rede regional e o transporte sanitário inadequado. A pandemia reiterou as dificuldades da APS em coordenar o cuidado e expôs os vazios assistenciais nas regiões de referência. A provisão equitativa e resolutiva do sistema local de saúde nos municípios rurais remotos implica na articulação interfederativa à formulação e implementação de políticas públicas de modo a assegurar o direito à saúde. (AU)

Processo FAPESP: 22/05461-5 - Equidade interseccional urbano-rural, permeabilidade à globalização e modelos organizacionais de Atenção Primária à Saúde (APS): análise de eficiência e efetividade em saúde em contextos rurais remotos
Beneficiário:Simone Schenkman
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado