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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Consumo abusivo e dependência de álcool em população adulta no Estado de São Paulo, Brasil

Texto completo
Autor(es):
Vanessa Valente Guimarães [1] ; Alex Antônio Florindo [2] ; Sheila Rizzato Stopa [3] ; Chester Luiz Galvão César [4] ; Marilisa Berti de Azevedo Barros [5] ; Luana Carandina [6] ; Moisés Goldbaum [7]
Número total de Autores: 7
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades
[2] Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades
[3] Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades
[4] USP. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia
[5] Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Departamento de Medicina Preventiva e Social
[6] Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Medicina de Botucatu. Departamento de Saúde Pública
[7] USP. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva
Número total de Afiliações: 7
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Revista Brasileira de Epidemiologia; v. 13, n. 2, p. 314-325, 2010-06-00.
Resumo

OBJETIVO: Descrever as prevalências de consumo abusivo e dependência de álcool em população adulta de 20 a 59 anos no Estado de São Paulo, e suas associações com variáveis demográficas e socioeconômicas. MÉTODOS: Inquérito domiciliar do tipo transversal (ISA-SP), em quatro áreas do Estado de São Paulo: a) Região Sudoeste da Grande São Paulo, constituída pelos Municípios de Taboão da Serra, Itapecerica da Serra e Embu; b) Distrito do Butantã, no Município de São Paulo; c) Município de Campinas e; d) Município de Botucatu. Foi considerado consumo abusivo de álcool a ingestão em dia típico de 30 gramas ou mais de etanol para os homens, e 24 gramas ou mais para as mulheres. A dependência de álcool foi caracterizada pelo questionário CAGE. Análises bivariadas e multivariadas dos dados foram realizadas a partir de Modelos de Regressão de Poisson. Todas as análises foram estratificadas por sexo. RESULTADOS: Em 1.646 adultos entrevistados, a prevalência de consumo abusivo de álcool foi de 52,9% no sexo masculino e 26,8% no sexo feminino. Quanto à dependência de álcool, foram observadas duas ou mais respostas positivas no teste CAGE em 14,8% dos homens e em 5,4% das mulheres que relataram consumir álcool. Isto corresponde a uma prevalência populacional de dependência de 10,4% nos homens e 2,6% nas mulheres. O consumo abusivo de álcool no sexo masculino apresentou associação inversa à faixa etária e associação direta à escolaridade e ao tabagismo. No sexo feminino, observou-se associação direta do consumo abusivo de álcool com a escolaridade e o tabagismo, e com as situações conjugais sem companheiro. A dependência de álcool no sexo masculino associou-se a não exercer atividade de trabalho e à baixa escolaridade. No sexo feminino não houve associação do CAGE com nenhuma das variáveis estudadas. CONCLUSÕES: Pela alta prevalência de consumidores e dependentes, é essencial a identificação dos segmentos sociodemográficos mais vulneráveis ao consumo abusivo e dependência de álcool. As associações entre a dependência/abuso e não estar exercendo atividade de trabalho, no sexo masculino, e a maior prevalência em mulheres de escolaridade universitária, sugerem componentes para programas de intervenção e controle. (AU)

Processo FAPESP: 98/14099-7 - Inquérito de saúde no estado de São Paulo, inquérito domiciliar de base populacional em municípios do estado de São Paulo - 1999-2000
Beneficiário:Chester Luiz Galvão Cesar
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Pesquisa em Políticas Públicas