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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Características fotossintéticas de uma população tropical de Nitella cernua (Characeae, Chlorophyta)

Texto completo
Autor(es):
Jair Vieira Jr. [1] ; Orlando Necchi Jr. [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Estadual Paulista. Departamento de Zoologia e Botânica - Brasil
[2] Universidade Estadual Paulista. Departamento de Zoologia e Botânica - Brasil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Brazilian Journal of Plant Physiology; v. 18, n. 3, p. 379-388, 2006-09-00.
Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Botânica
Assunto(s):Algas   Caráceas   Nitella cernua   Fotossíntese   Fluorescência
Resumo

Foram analisadas mensalmente, durante um ano, as características fotossintéticas (por meio de fluorescência da clorofila e evolução de O2) de uma população tropical de Nitella cernua do sudeste do Brasil (20º50'32" S, 49º26'15" W). Parâmetros derivados das curvas fotossíntese-irradiância (FI) por fluorescência (alto valor do parâmetro de saturação de luz, Ik, e ausência ou baixa fotoinibição, b) sugeriram adaptação a alta irradiância, enquanto aqueles por evolução de oxigênio mostraram adaptações à sombra (baixo valores de Ik e de irradiância de compensação, Ic , altos valores de eficiência fotossintética, alfa, e beta). Parâmetros das curvas FI por oxigênio sugeriram aclimatação à luz: Ik e taxa fotossintética máxima, Fmax (analisada como rETR, taxa relativa de transporte de elétrons) aumentaram e a foi significativamente menor sob irradiância mais alta (inverno). Este padrão é um ajuste pelo número e tamanho das unidades fotossintéticas. O desempenho fotossintético avaliado por fluorescência revelou dois períodos sazonais: maiores valores de Fmax, Ik e extinção não-fotoquímica, de outubro a março, e menores, de abril a outubro. Respostas de temperatura foram observadas apenas no verão, mas ótimos de temperatura foram diferentes: picos de fotossíntese líquida ocorreram a 20ºC, enquanto rETR aumentou com temperaturas mais altas (até 30ºC). A respiração no escuro aumentou com a elevação da temperatura. Velocidade da correnteza teve presumivelmente papel estimulatório sobre as taxas fotossintéticas, como sugerido pelas correlações positivas com Fmax e alfa. Experimentos de pH revelaram taxas fotossintéticas mais altas em pH 4,0, sugerindo maior afinidade por CO2. Essas amplas respostas das características fotossintéticas da população de N. cernua à irradiância, à temperatura e ao pH/carbono inorgânico refletem grande tolerância a variações dessas variáveis ambientes, que, provavelmente, contribuem para a extensa distribuição de N. cernua. (AU)

Processo FAPESP: 01/06139-3 - Análise ecofisiológica comparativa entre espécies de macroalgas de ambientes lóticos: temperatura e irradiância
Beneficiário:Orlando Necchi Junior
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Regular